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anestesia casos clínicos

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100 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo VI - Anestesia em Ortopedianervo fibular, 44 envolvendo o nervo tibial e 39 lesões envolvendo ambos. Os fatores associados seriam tempode garroteamento prolongado, pacientes jovens e presença pré-operatória de contratura em flexão. Felizmente,a recuperação da paralisia foi revertida em 89% das lesões do nervo fibular e 100% das lesões do nervo tibial.5. Quais cuidados devemos ter ao utilizar torniquetes?A Observação e a tentativa de redução do tempo de insuflação do torniquete deve ser uma preocupaçãoconstante do anestesiologista. A maioria dos autores sugere um tempo de torniquete máximo de uma horae meia a duas horas. Wiglis demonstrou um aumento progressivo tempo-dependente da acidose distal aogarrote no membro isquemiado de humanos. O pH chegou a 7.0 após duas horas de torniquete. Logo,deve-se evitar ao máximo tempos de isquemia maiores que este em pacientes hígidos. Tempo que deve serreduzido em pacientes com co-morbidades. Sabe-se ainda que tempo e pressão são variáveis aditivas nagênese de lesão tissular. Logo, preconiza-se o uso da menor pressão de insuflação efetivn. O ideal é utilizara menor pressão possível que leva a oclusão arterial. Sugere-se que em média, pressões de 200mmHg parao membro superior e 250mmHg para o membro inferior seriam adequados em pacientes normotensos.Em crianças, uma insuflação com173 mmHg para o membro superior e 276 mmHg para o membro inferior seriaefetivos A utilização de faixas de Esmarch pode gerar uma pressão de até 1000 mmHg e não devem ser utilizadasmesmo para exsanguinar o membro devendo-se optar pela elevação do membro a 45° ou 90° por 5 minutos. Períodosde reperfusão do membro intercalados aos períodos de insuflação em pacientes em que se sabe antecipadamenteque o período de garroteamento será maior que duas horas tem sido preconizados para diminuir a lesãomuscular período de reperfusão intermitente de 30 minutos, parece atenuar os efeitos da insuflação do torniqueteem humanos. Nos pacientes em ventilação mecânica deve-se aumentar o volume minuto em 50% por 5 minutosantes da desinflação para evitar aumentos da ETCO2. Pequenas doses de heparina intravenosa no transoperatóriode artroplastia de joelho têm sido preconizadas para reduzir o risco de tromboembolismo.Caso 3Paciente masculino, 28anos, 58 kg, com fratura distal bilateral do rádio associada à fratura-luxação do ombrodireito, é admitido após 3 horas de um acidente de moto para correção cirúrgica aberta bilateral mais reduçãofechada da luxação. Ao chegar ao hospital apresentava dor intensa (EVA=80, escala de 0-100). Optou-sepor técnica anestésica regional, realizando-se bloqueio via interescalênica (30ml ropivacaína 0,5%) à direitaseguido após 20 minutos de bloqueio axilar esquerdo (30ml Ropivacaína 0,5%).1. Quais as repercussões sobre a dinâmica respiratória do bloqueiointerescalênico?O bloqueio de plexo interescalênico é uma técnica extremamente útil, mesmo em pacientes de alto risco,por suas vantagens sobre o controle da dor cirúrgica e a ausência de manipulação da via aérea. No entanto,existe uma alta incidência de paralisia diafragmática e consequente impacto sobre a função pulmonar. Existemevidências de que o bloqueio frênico é inevitável mesmo com pequenos volumes de anestésico locale pressão digital aplicada proximalmente. A abordagem interescalênica por via posterior não é isenta dosefeitos adversos pulmonares, tendo sido demonstrado hemiparalisia diafragmática com redução nos testesde função pulmonar de forma semelhante à abordagem anterior. A Capacidade Vital Forçada e o Volume Expiratóriono 1º segundo estão reduzidos em torno de 25 a 30% após o bloqueio interescalênico.A mecânicarespiratória também pode ser afetada, levando a alterações na movimentação da parede torácica com maiorelevação do gradil costal ipsilateral e movimento paradoxal para baixo da parede abdominal.

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