13.07.2015 Views

anestesia casos clínicos

anestesia casos clínicos

anestesia casos clínicos

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

142 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo VIII - Anestesia em Pediatria1. O que é o laringoespasmo e qual sua epidemiologia no períodoperioperatório?O laringoespasmo pode ser definido como fechamento glótico devido a constrição reflexa dos músculoslaringeais, podendo ser completo ou parcial. Foi definido laringoespasmo verdadeiro como fechamento completoda laringe causado por estimulação externa.Como é difícil fazer distinção entre laringoespasmo verdadeiro e espasmo glótico, muitos definem amboscomo laringoespasmo; entretanto, acreditam ser importante definir laringoespasmo como completo ou parcial.No laringoespasmo completo há movimento de tórax, mas com ausculta silenciosa, ausência de movimentaçãoda bolsa reservatória e impossibilidade de ventilação. No laringoespasmo parcial há movimentodo tórax, estridores e incompatibilidade entre o esforço respiratório do paciente e a pequena quantidade demovimento da bolsa reservatória.A incidência em crianças maiores de 9 anos e entre 1 e 3 meses é de 1,74% e 2,82%, respectivamente. Aincidência de morbidade resultante do laringoespasmo varia como a seguir: parada cardíaca 0,5%, edemapulmonar por pressão negativa pós-obstrutivo 4%, aspiração pulmonar 3%, bradicardia 6% e dessaturaçãoda hemoglobina 61%.2. Quais as principais causas de laringoespasmo e como reconhecê-lo?Laringoespasmo ocorre por estimulação em plano anestésico inapropriado durante a extubação, na presençade sangue ou secreções irritando as cordas vocais, estimulação por via aérea artificial, laringoscópio ouaspiração.É identificado por vários graus de obstrução das vias aéreas, com movimento torácico paradoxal, retração intercostale esforço respiratório. Um chiado característico (“cantado”) pode ser ouvido no laringoespasmo parcial,mas está ausente no laringoespasmo completo. A deterioração da oxigenação acontece rapidamente.3. Quais os fatores de risco para a ocorrência de laringoespasmoperioperatório?Fatores relacionados à <strong>anestesia</strong>: plano anestésico insuficiente na indução ou emergência da <strong>anestesia</strong>,durante a extubação traqueal, uso de tiopental, <strong>anestesia</strong> com desflurano e anestesiologista menos experiente.Fatores relacionados ao paciente: quanto menor a idade maior a ocorrência, presença de IVAS (até 6 semanasantes da <strong>anestesia</strong>), crianças expostas ao tabaco (fumantes passivos).Fatores relacionados à cirurgia: amigdalectomia e adenoidectomia têm maior incidência; apendicectomias,dilatação cervical, hipospádias e transplantes de pele também predispõem ao laringoespasmo.4. Como prevenir o laringoespasmo?Para prevenir o laringoespasmo, Aialami e cols. sugerem o seguinte algoritmo simplificado:• Antes e durante a indução da <strong>anestesia</strong>: identificar os fatores de risco, medicação pré-anestésica comanticolinérgicos e benzodiazepínicos, obter acesso venoso após 2 minutos da indução com sevoflurano eproceder a intubação traqueal após confirmação de plano anestésico adequado.• Durante a emergência da <strong>anestesia</strong>: aspirar delicadamente sangue e secreções, colocar o paciente em posiçãolateral, descontinuar o anestésico inalatório, administrar 1mg.Kg -1 de lidocaína IV ou 0,2 a 0,5 mg.Kg -1de propofol IV, esperar o paciente abrir os olhos e acordar espontaneamente, extubar a traquéia usando atécnica da ”tosse artificial”.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!