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anestesia casos clínicos

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Capítulo IX - Anestesia para Cirurgia Cardíaca Anestesia Casos Clínicos - 1674. Quais as maiores indicações para o uso do balão intra-aórtico?O balão intra-aórtico (BIA) foi inicialmente testado clinicamente em 1968. O principal mecanismo desseequipamento consiste na insuflação que ocorre na diástole e na deflação que ocorre na sístole de um balãopreenchido por hélio, posicionado na aorta descendente. As duas maiores indicações para o uso do balãointra-aórtico são isquemia miocárdica intratável por terapia máxima medicamentosa e disfunção ventricularesquerda manejada inadequadamente com inotrópicos. O balão intra-aórtico também apresenta efeitos favoráveisna disfunção ventricular direita, sendo os mecanismos complexos por se tratar, provavelmente, deum aumento direto do fluxo miocárdico direito, que diminui a pressão do átrio esquerdo da artéria pulmonar,secundário à melhora da performance do ventrículo esquerdo e à interdependência ventricular.A eficácia do BIA está intimamente relacionada com seu posicionamento correto na aorta e o tempo adequadode insuflação e desinsuflação. Deve ser posicionado o mais perto do coração possível, mas distal aosgrandes vasos, e deve ser inflado em sincronia com o ponto da curva do traçado arterial. Pode também sercontrolado pelo ECG do paciente, monitorado diretamente pelo aparelho. Vale lembrar que o balão intraaórticoé contraindicado para pacientes com incompetência aórtica e dissecção de aorta.5. Quais as arritmias mais frequentes em cirurgia cardíaca após a saída deperfusão?Apesar da fibrilação atrial (FA), as arritmias mais comumente associadas no pós-operatório de cirurgia cardíacasão as supraventriculares e ventriculares, e podem ocorrer na saída da CEC. Elas podem se manifestarlogo no início da cirurgia ou ser também uma exacerbação de uma arritmia preexistente. Taquicardiasupraventricular, primariamente FA, ocorre entre 15% e 40% dos pacientes, tendo como fatores de riscoprincipais: FA preexistente, idade, cirurgias combinadas de válvulas e revascularização, duração de clampeamentoe CEC, canulação bicaval e “venting” da veia pulmonar. Apesar de a FA estar relacionada commorbidade aumentada no pós-operatório, como AVC perioperatório não está relacionada com aumento demortalidade.O tratamento inicial de uma arritmia supraventricluar consiste em controlar a resposta ventricular e convertêla,o quanto antes, em ritmo sinusal. Cardioversão é a alternativa inicial para o tratamento da FA, no entanto,drogas que diminuam o tempo de condução atrioventricular são também utilizadas. O uso de agentes quevão diminuir o inotropismo cardíaco deve ser avaliado. Reversão farmacológica para o ritmo sinusal tambémé complicada, pois os tratamentos não são totalmente efetivos. O manejo da FA é influenciado no intraoperatório– basicamente, se estiver relacionado com a repercussão hemodinâmica, a eficácia da cardioversãoelétrica, o papel do marca-passo e o reconhecimento de que agentes com inotropismo negativo devem serevitados.Taquicardia ventricular não sustentada também é comum após cirurgia cardíaca, podendo ocorrer em até50% dos pacientes, porém, também não influencia diretamente o desfecho do paciente a longo prazo. Taquicardiaventricular e fibrilação ventricular sustentadas ocorrem principalmente quando existe uma funçãoventricular diminuída associada com isquemia, mesmo que não aparente, e após troca de válvula aórtica.Após cardioversão apropriada, o balanço eletrolítico e o uso de antiarrítmicos devem ser otimizados e aisquemia no transoperatório deve ser tratada.Caso 3Paciente de 25 anos, do sexo feminino, apresenta-se para curetagem uterina devido a abortamento espontâneo.Ela relata história de palpitações, mas desconhece a causa e o tipo da arritmia. Refere aumento

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