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anestesia casos clínicos

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Capítulo IV - Olhos, Ouvidos e Garganta Anestesia Casos Clínicos - 61inferior e uma cânula romba é introduzida abaixo da fáscia de Tenon, em direção posterior. Administra-se asolução de anestésico local, cerca de 1 a 5 ml. Pequenos volumes de solução anestésica são capazes deprover analgesia, mas maiores volumes são necessários para a acinesia do globo ocular. Podem ocorrerquemose e hemorragia conjuntival com frequência. Outras possíveis complicações são hemorragia orbitária,trauma na musculatura extraocular, perfuração do globo, celulite orbitária e neuropatia óptica.A <strong>anestesia</strong> tópica ganhou popularidade com a técnica de facoemulsificação e pequena incisão cirúrgica,que reduzem a necessidade de acinesia. A <strong>anestesia</strong> tópica pode ser realizada com anestésicos locais soba forma de colírios ou gel, associada ou não à administração intracameral de anestésico local sem conservantes.As principais vantagens incluem a não utilização de agulhas e a recuperação imediatamente apósa operação. Entre as desvantagens, ausência de acinesia, maior ansiedade do paciente, incômodo pela luzdo microscópio e maior possibilidade de dor/desconforto à manipulação da íris ou corpo ciliar. Além disso,altas doses ou uso prolongado de anestésicos locais são tóxicos para o epitélio da córnea e podem causarceratite. A associação da sedação intravenosa com baixas doses de benzodiazepínicos e opioides diminui aansiedade e o desconforto e não retarda a alta da sala de recuperação pós-anestésica. Está bem indicadapara operações curtas e a pacientes com baixo grau de ansiedade.5. É necessário jejum pré-operatório para pacientes submetidos afacoemulsificação sob <strong>anestesia</strong> local e sedação?O objetivo do jejum pré-operatório é diminuir o risco de aspiração pulmonar de conteúdo gástrico durante<strong>anestesia</strong>. Nas diretrizes de 2001 do Royal College of Anaesthetists e do Royal College of Ophthalmologistsdo Reino Unido, estabeleceu-se que o jejum não é necessário para procedimentos oftalmológicos sob sedaçãoconsciente. Todavia, se houver necessidade de sedação mais profunda, deve-se modificar tal protocolopara atender os anestesiologistas. Já a diretriz da Canadian Anesthesiologists’ Society, em 2006, estabeleceuque as regras aplicadas ao jejum pré-operatório para facectomia devem levar em consideração a idadedo paciente e suas doenças associadas – recomendações válidas para todos os tipos de <strong>anestesia</strong>, inclusive<strong>anestesia</strong> local e sedação. Assim, qualquer risco potencial para sedação mais profunda ou consideraçõesindividuais indicam a necessidade de se observar o jejum pré-operatório.Caso 2Um grupo de anestesiologistas discute técnicas anestésicas em oftalmologia.1. Como realizar <strong>anestesia</strong> retro e peribulbar?A técnica da <strong>anestesia</strong> retrobulbar inicia-se com a <strong>anestesia</strong> tópica da conjuntiva e antissepsia da regiãoorbitária. Com o olho do paciente na posição neutra, a agulha é inserida, de modo perconjuntival ou percutâneo,na junção dos dois terços mediais com o terço lateral da borda inferior da órbita. A agulha é direcionadaposteriormente e para cima, mas tangencialmente ao globo, em direção ao interior do cone. A solução anestésicaé então administrada, em volume que varia de 2 a 5 ml.Na <strong>anestesia</strong> peribulbar, o preparo é semelhante ao do bloqueio retrobulbar. A técnica de punção única,transpalpebral ou perconjuntival, lateralmente à junção do terço lateral com os dois terços mediais da bordaorbital inferior, evita lesão aos feixes neuromusculares e vasculares. Após a punção, a agulha é direcionadaparalelamente ao assoalho da órbita e tangente ao globo ocular, e a solução anestésica pode ser depositadapróximo ao equador do globo ocular. O volume administrado pode variar de 5 a 10 ml.Injeções suplementares podem ser realizadas se o bloqueio apresentar-se insuficiente. Pode-se realizar

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