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anestesia casos clínicos

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66 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo IV - Olhos, Ouvidos e Garganta5. Que medicamentos podem auxiliar no controle da PIO no períodoperioperatório?A acetazolamida reduz a PIO de modo agudo em cerca de 30%, ao inibir a anidrase carbônica (presente nascélulas não pigmentares do processo ciliar), interferir na bomba de sódio, e diminuir a produção de humoraquoso. O pico de ação ocorre duas horas após sua administração. Os principais efeitos colaterais são aperda renal de sódio, potássio e água, e acidose metabólica. É contraindicada para pacientes com distúrbioseletrolíticos, e doença hepática ou renal.Diuréticos osmóticos também interferem com a PIO. O manitol aumenta a pressão osmótica do plasmae diminui a produção de humor aquoso. Seus principais efeitos colaterais são a sobrecarga volêmicaaguda, hipertensão arterial e distúrbios eletrolíticos. A dose recomendada é de 1,5 g.kg-1 durante 30a 60 minutos. A latência para redução da PIO é de 30 a 45 minutos e a duração da ação é de cerca deseis horas.Caso 4Paciente jovem, do sexo masculino, portador de miopia de alto grau. Após trauma contuso no olho, apresentou-seao serviço de oftalmologia com quadro de hemorragia vítrea e descolamento de retina. Nega doenças,uso de medicamentos e está em jejum de oito horas.1. Como escolher a melhor técnica anestésica para operação de introflexãoescleral e vitrectomia?A escolha do tipo de <strong>anestesia</strong> deve obedecer não apenas à técnica cirúrgica a ser utilizada e às preferênciasda equipe, mas também ao tempo cirúrgico e ao conforto do paciente. A operação de introflexão esclerale vitrectomia é uma técnica que cria adesões da retina à coroide. A faixa de silicone em torno do globoocular traz a esclera para suportar a retina e realiza-se troca do conteúdo da câmara posterior por soluçãofisiológica. Sua duração geralmente é prolongada, devendo-se, portanto, considerar o conforto do paciente.O perfil emocional do cirurgião também é citado como um fator a ser considerado. Anestesia regional é umaexcelente escolha, pois provê analgesia pós-operatória, resulta em menos náuseas e vômitos e os pacientespodem receber alta mais precocemente do que em <strong>anestesia</strong> geral. Todavia, pacientes agitados, poucocooperativos, claustrofóbicos, oligofrênicos ou com dificuldades de comunicação devem ser submetidosa <strong>anestesia</strong> geral. A associação de <strong>anestesia</strong> peribulbar à <strong>anestesia</strong> geral também pode ser considerada,tendo se mostrado uma técnica que provê excelente controle da dor pós-operatória e menor incidência dereflexo óculo-cardíaco.2. Durante a realização da <strong>anestesia</strong> peribulbar, o paciente movimentou-see notou-se súbita redução da pressão intraocular (PIO). Qual a explicaçãomais provável?Pode-se estar diante de um caso de séria complicação da <strong>anestesia</strong>: a perfuração do globo ocular. Emboraa <strong>anestesia</strong> peribulbar apresente menor risco de perfuração inadvertida do globo ocular em relação à retrobulbar,a ocorrência de tal complicação não pode ser completamente eliminada. A incidência é bastante rarae vários fatores de risco já foram identificados. Entre eles, olho míope com eixo ântero-posterior maior que26 mm à medida da ultrassonografia (normal = até 24 mm) e redução da espessura escleral, a presença deestafiloma posterior ou de abaulamento escleral anormal (eventualmente pela presença de introflexão es-

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