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anestesia casos clínicos

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Capítulo II - Anestesia em Obstetrícia Anestesia Casos Clínicos - 41mia limitando-se a infusão de líquidos a 75ml/h. Deve-se manter a paciente em decúbito lateral esquerdoelevado, durante o trabalho de parto, com analgesia peridural contínua ou bloqueio combinado, instaladosprecocemente, na dependência da dor e não da dilatação cervical. As perdas sanguíneas devem seracompanhadas atentamente e a utilização de ocitocina deve ser cautelosa, e em infusão contínua.Caso 9Paciente portadora de lúpus, G 3P 0A 2, 37 semanas de gestação, com diagnóstico de síndrome antifosfolípede, serásubmetida à cesárea de urgência por sofrimento fetal agudo. Faz uso de heparina de baixo peso, última dose hámenos de 6 horas e encontra-se com estômago cheio (última refeição completa há menos de 3 horas).1. Profilaxia farmacológica da aspiração de conteúdo gástrico.Nesse caso a <strong>anestesia</strong> geral está indicada porque existe uma contraindicação formal para a <strong>anestesia</strong>regional, ou seja, terapêutica anticoagulante. Uma grande preocupação durante a <strong>anestesia</strong> geral em gestantesé sem dúvida o risco de regurgitação e aspiração oulmonar de conteúdo gástrico. Dentre as causas,pode-se citar o aumento da progesterona prolongando todo o tempo gastrintestinal, a diminuição do tônusdo esfíncter esofágico inferior e o estresse e dor do trabalho de parto. Neste tipo de paciente, é mandatória aprofilaxia farmacológica com agentes pró-cinéticos, como a metoclopramida, para acelerar o esvaziamentogástrico e melhorar a competência do cárdia; antiácidos não particulados, como citrato de sódio 0,3 M 30mlentre 30 a 45 minutos antes da <strong>anestesia</strong> e inibidores da secreção gástrica (anti H 2) como a ranitidina. Sepossível, observar jejum de 6 a 8 para sólidos.2. Drogas de escolha na indução de sequência rápida: hipnóticos,analgésicos e bloqueadores neuromusculares.Toda gestante deve ser considerada de estômago cheio e, portanto a técnica para intubação traqueal é aindução de sequência rápida. Devem ser utilizadas drogas de ação rápida: opiódes como fentanil, apenas100 a 150µg antes da indução; o hipnótico deve respeitar as condições clínicas maternas, podendo ser utilizadoo tiopental sódico, propofol ou etomidato; o bloqueador neuromuscular classicamente empregado é asuccinilcolina nas doses de 1,0 a 1,5 mg/kg.3. Descreva a técnica de sequência rápida na gestante.Com a paciente com o dorso discretamente elevado, inicialmente, recomenda-se a pré-oxigenação porpelo menos 4-5 minutos com O 2a 100%, pois a gestante apresenta risco de hipoxemia mais precoce, peloaumento de consumo de oxigênio e diminuição da capacidade residual funcional. Caso não haja tempohábil, pede-se à paciente para realizar 4 inspirações profundas. Procede-se à indução de sequênciarápida com as drogas citadas na questão anterior, acompanhada da manobra de Sellick para impedir aregurgitação, após a perda da consciência. Uma vez em apnéia, não se deve proceder a ventilação compressão positiva sob máscara, mas aguardar-se até a intubação traqueal, sempre com tubos mais finose com balonete.4. Particularidades da fase de manutenção em <strong>anestesia</strong> obstétrica.A manutenção da <strong>anestesia</strong> deve ser realizada com concentrações elevadas de oxigênio (pelo menos 50%)até o clampeamento do cordão. Pode-se utilizar óxido nitroso a uma concentração máxima de 50% associa-

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