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anestesia casos clínicos

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76 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo IV - Olhos, Ouvidos e Gargantaazul de metileno, para que a perfuração por laser possa ser detectada. É importante que a equipe estejafamiliarizada com as causas de fogo por laser nas vias aéreas, as limitações dos diferentes tipos de tubospara laser e as recomendações para o manuseio do fogo em vias aéreas.3. Como proceder em <strong>anestesia</strong> para operação por laser nas vias aéreas?A avaliação pré-operatória deve iniciar-se pelo exame geral do paciente, seguida pela análise do grau deobstrução e adequação da ventilação. Lesões grandes podem causar obstrução significativa e pólipos esangramentos podem transformar uma obstrução parcial em obstrução total ao fluxo aéreo à indução da<strong>anestesia</strong>.Para se estimar o grau de obstrução respiratória, devem ser observados o aspecto geral do paciente, a qualidadede sua voz e o padrão respiratório. Além disso, anomalias anatômicas da boca e pescoço também informamsobre o grau de dificuldade de manuseio das vias aéreas. Relatos de <strong>anestesia</strong>s prévias, testes laboratoriais eradiológicos devem ser considerados, bem como espirometrias, curvas de fluxo e volume e gasometrias.Devido à possibilidade de obstrução das vias aéreas em pacientes sob risco, a medicação pré-anestésicacom sedativos deve ser cautelosa ou nula. A avaliação dos riscos e benefícios é imperativa.Para indução da <strong>anestesia</strong>, se não há evidências de obstrução respiratória, técnicas convencionais de <strong>anestesia</strong>venosa ou inalatória podem ser utilizadas. Entretanto, se há sinais de comprometimento do fluxo,recomenda-se a presença de auxiliar e de equipamentos alternativos na sala de indução anestésica, incluindo-sediferentes tipos de laringoscópios e lâminas, dispositivos supraglóticos e endotraqueais, fibroscópio eaparato para abordagem cirúrgica da via aérea.Três técnicas são habitualmente empregadas para diminuição do risco de fogo durante operação por lasernas vias aéreas: ausência de tubo na via aérea (ventilação intermitente sob máscara ou ventilação a jato),proteção da superfície externa de tubo convencional (com material metálico ou tecidos úmidos) ou uso detubo resistente ao laser. A boa interação entre anestesiologista e cirurgião garante a ventilação do pacientedurante o procedimento.A técnica da <strong>anestesia</strong> deve prover imobilidade do paciente, para se evitar o mau direcionamento do feixedo laser. Corticoesteroides podem ser administrados para se evitar edema das pregas vocais manipuladascirurgicamente.Ao final do procedimento, o tubo retirado deve ser inspecionado em busca de danos.4. Ao final do procedimento, logo após a extubação, o paciente apresentoudificuldade respiratória com estridores e dessaturação. Qual o diagnósticomais provável?O laringoespasmo é a resposta reflexa exacerbada de fechamento glótico pela estimulação do nervo laríngeosuperior, e que persiste mesmo após a cessação do estímulo. É desencadeado pela presença de sangue,secreções e debris cirúrgicos, e a estimulação ou manipulação da orofaringe e laringe, especialmenteem planos superficiais de <strong>anestesia</strong>, favorecem o aparecimento do reflexo.A incidência do laringoespasmo é maior em crianças que adultos, e em operações das vias aéreas, pelapresença de estímulos na região. Até 40% dos <strong>casos</strong> de obstrução das vias aéreas após a extubação podemser atribuídos ao laringoespasmo.A apresentação clínica pode variar do estridor até a obstrução total da respiração. As consequências variamda hipoxemia e hipercarbia até arritmias, edema pulmonar, broncoespasmo, aspiração de conteúdo gástricoe parada cardiorrespiratória.Diagnóstico diferencial deve ser feito com outras possíveis complicações: laringomalácia, traqueomalácia,paralisia das cordas vocais, edema das vias aéreas, formação de hematoma e até mesmo a presença de

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