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anestesia casos clínicos

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Capítulo I - Anestesia e Sistema Nervoso Anestesia Casos Clínicos - 17pó re-ruptura ou deslocamento de clipe. Por esta razão, uma infusão de nitroprussiato de sódio deve estarpronta e ligada ao paciente desde a indução. O nitroprussiato de sódio também causa vasodilataçãocerebral, aumentando a oferta de oxigênio para o cérebro durante episódios hipotensivos. Na vigência desangramento ativo, a pressão arterial média deve ser mantida entre 40 e 50 mmHg. Infusão e volume podeser necessária para manter o paciente normovolêmico.Caso 4Mulher de 45 anos de idade, 165 cm de altura, pesando 56 kg. Interna para tratamento cirúrgico deepilepsia do lobo temporal, com história de crises parciais complexas refratária ao tratamento clínico,caracterizadas por olhar fixo, alterações na fala, movimentos estereotipados com desorientação eamnésia pós-ictais. Exames laboratorias normais, parou com a medicação há 48hs.1. Quais as características clínicas dos pacientes com epilepsia dolobo temporal?Epilepsia é uma desordem neurológica que afeta de 0,5 a 1% da população mundial, ocupando osegundo lugar entre as causas mais frequentes de deficiências mentais. A epilepsia do lobo temporalafeta pessoas de qualquer idade. Normalmente, inicia-se na infância, podendo manifestar-se comocrises parciais simples, em que a consciência e a orientação no tempo e espaço são mantidas oucomo crises parciais complexas, que são acompanhadas por um quadro de desorientação, amnésiae muitas vezes por perda da consciência. A esclerose mesial temporal é a causa relacionada com amaior frequência de refratariedade à terapia medicamentosa.2. Quais os objetivos da <strong>anestesia</strong> neste paciente?A técnica anestésica tem como desafio minimizar o desconforto durante as fases da operação quetenham forte estímulo doloroso, manter o paciente por um período de tempo prolongado de formaimóvel, pois alguns procedimentos são realizados sob sedação, utilizando anestésicos que tenhamuma mínima interferência na atividade convulsiva. Quando há necessidade de avaliação da fala oudas respostas sensitivo-motoras ao estímulo cortical, deve-se manter o paciente colaborativo e funcionaldurante o procedimento.3. Quais os cuidados pré-operatórios?Durante a consulta pré-anestésica é o momento de esclarecer ao paciente, que em determinadosmomentos, se necessário, ele deverá descrever o que está sentindo e que o procedimento é longo.Deve-se averiguar se serão provocadas crises do tipo grande mal no transoperatório. Se existe aintenção de fazer um mapeamento intra-operatório, as medicações anticonvulsivantes deverão sersuspensas e não se deve utilizar benzodiazepínicos no pré-anestésico.4. Quais as técnicas anestésicas comumente utilizadas?As técnicas anestésicas podem variar de sedação mínima a profunda, ou até mesmo <strong>anestesia</strong> geral,dependendo de como será feito o mapeamento do foco epileptiforme e do tipo de resposta que se esperano paciente. Pode ser necessário variar a profundidade da <strong>anestesia</strong>, com técnica que permitauma fase de sedação mais profunda, ou até mesmo <strong>anestesia</strong> geral com ventilação controlada, se-

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