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anestesia casos clínicos

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20 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo I - Anestesia e Sistema NervosoGraus B, C e D definem a perda das funções motoras, com preservação da função sensitivaabaixo do nível da lesão. Sendo que o grau B refere-se a lesão motora completa abaixo do nívelda lesão, incluindo os seguimentos sacrais. Já o grau C define lesão motora incompleta em queocorre uma redução na força abaixo do grau 3 segundo a classificação do British Medical ResearchCouncil (grau 3 é definido como a capacidade de um movimento completo e ativo contraa gravidade), em mais da metade dos músculos localizados abaixo do nível da lesão. O grau Dé atribuído quando a força motora está em um grau maior do que 3 em metade dos músculosabaixo do nível da lesão.Esta classificação quantifica a gravidade da lesão pelo comprometimentoneuromuscular e possíveis complicações respiratórias e cardiovasculares dependentesda gravidade das lesões.2. Quais os principais objetivos do manuseio do traumaraquimedular?O objetivo principal do manuseio na fase aguda do trauma raquimedular é focado em prevenir quea cascata de eventos bioquímicos como peroxidação e decomposição da membrana, geração deradicais livres, lesão de isquemia e reperfusão e inflamação que levem a uma maior redução dofluxo sanguíneo medular. O grau de comprometimento da função respiratória e cardiovasculardepende do nível da lesão. Pacientes com lesão de C2 necessitam de suporte ventilatório imediato,devido ao comprometimento do diafragma (C3, C4 e C5). Pacientes com lesões em níveisinferiores a C3, poderão também necessitar de suporte ventilatório devido ao comprometimentomuscular com redução da capacidade vital. Podem ocorrer alterações hemodinâmicas que caracterizamchoque medular manifestado por hipotensão e bradicardia. Estas alterações devemser tratadas com suporte hemodinâmico para prevenir o agravamento da lesão medular. Emboranão existam dados suficientes para determinar o nível pressórico adequado, algumas diretrizessugerem que a pressão arterial sistólica deve permanecer entre 85 e 90 mmHg nos primeiros 7dias após o trauma.3. Quais os cuidados no manuseio da vias aéreas no paciente comtrauma raquimedular?A laringoscopia direta com estabilização manual da coluna cervical é o procedimento padrão emsituações de emergência. Nas situações eletivas em que se consegue fazer um preparo para reduziras chances de complicações com broncoaspiração pode-se dar preferência a instrumentação da viaaérea com manobras que venham a manter a coluna cervical mais estável, como por exemplo comutilização do broncofibroscópio.4. O que fazer para minimizar o agravamento da lesão secundária damedula espinhal?A lesão secundária da medula espinhal pode ser prevenida ou minimizada por medidas de suporteque tenham por objetivo reduzir a hipoperfusão da medula espinhal. Estas incluem a otimizaçãoda oxigenação tecidual e o suporte ventilatório, principalmente nos <strong>casos</strong> de lesão alta, acimade C3. Outra maneira é a manutenção da pressão de perfusão medular, já que durante o traumaraquimedular ocorre perda dos mecanismos de autorregulação da circulação medular, que ficadependente da pressão arterial sistêmica. Para isso faz-se necessário um rígido controle da PAatravés da infusão de líquidos e drogas inotrópicas e/ou vasopressores, associados a adequada

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