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anestesia casos clínicos

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72 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo IV - Olhos, Ouvidos e Garganta4. Ao final da <strong>anestesia</strong>, na sala de recuperação pós-anestésica, a pacienteapresentou náuseas intensas. Por que ocorreu e quais os principaisfatores de risco?Resposta: Procedimentos sobre a orelha média e interna apresentam maior incidência de náuseas e vômitospós-operatórios (NVPO) que outros procedimentos cirúrgicos. O problema, apesar de geralmente autolimitadoe não fatal, causa grande desconforto ao paciente, aumenta as pressões venosa e intracraniana, favorecesangramentos e distúrbios eletrolíticos, pode deslocar os enxertos cirúrgicos, retardar a alta e elevar oscustos hospitalares.São fatores de risco para maior incidência de náuseas e vômitos pós- operatórios: sexo feminino, não tabagismo,história de cinetose ou NVPO em operações prévias, uso de opioides, duração prolongada da<strong>anestesia</strong>, uso de anestésicos voláteis e óxido nitroso, e doses grandes de neostigmina. Outros possíveisfatores de risco são história de enxaqueca, história de cinetose ou NVPO em parentes próximos, ansiedadepré-operatória intensa, restrição hídrica perioperatória e <strong>anestesia</strong> geral versus regional.Os tipos de procedimentos cirúrgicos mais citados como possíveis fatores de risco incluem operações intra-abdominais,laparoscópicas, otorrinolaringológicas, ginecológicas de grande porte, ortopédicas e plásticas. Em crianças,incluem-se herniorrafias, adenotonsilectomias, correções de estrabismo, operações penianas e orquiopexias.A associação de vários fatores de risco aumenta a probabilidade de desenvolver-se a complicação. Assim,de acordo com Apfel et al., dependendo do maior número de fatores de risco presentes, a incidência deNVPO pode chegar a 80%.5. Deve-se realizar profilaxia para NVPO? Qual o melhor tratamento?Nem todo paciente deve receber terapia farmacológica profilática. Deve-se levar em consideração os fatoresde risco pessoais, o risco médico associado aos vômitos e o fato de que a terapia farmacológica podeproduzir efeitos colaterais.A presença de dois ou mais fatores de risco indica a profilaxia: evitar doses elevadas de opioides, manter opaciente hidratado e administrar antieméticos. As opcões terapêuticas incluem dexametasona, antagonistas daserotonina, gastrocinéticos, butirofenonas e anticolinérgicos. A terapia multimodal mostra-se mais eficaz.A terapia de resgate, para os pacientes que apresentam NVPO na sala de recuperação pós-anestésica(SRPA), é mais comumente realizada com os antagonistas da serotonina. Entretanto, se ondansetron já tiversido empregado na profilaxia, a evidência na literatura mostra que a segunda dose na SRPA não é tão eficaz.Outro tipo de antiemético deve ser, assim, administrado.Caso 8Criança de 5 anos, do sexo feminino, com diagnóstico de síndrome da apneia do sono e cor pulmonale, estáprogramada para ressecção de adenoides e tonsilas hipertrofiadas. A mãe informa que a criança apresentarespiração bucal, roncos e episódios de obstrução da respiração. O exame físico mostra distensão venosajugular, edema periférico e discreta hepatomegalia.1. Por que a hipertrofia de adenoides e tonsilas pode estar associada àsíndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS)?A obstrução ao fluxo de ar pela hipertrofia adenotonsilar ocorre pela obstrução da faringe em graus quevariam do simples ronco à intensa resistência de vias aéreas superiores. Durante o sono, o colapso das

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