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anestesia casos clínicos

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60 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo IV - Olhos, Ouvidos e GargantaCaso 1Um paciente de 75 anos está programado para submeter-se a operação de facoemulsificação sob <strong>anestesia</strong>regional. Apresenta-se muito tenso e recusa-se a guardar o jejum pré-operatório.1. Que fatores contribuem para a realização bem-sucedida da <strong>anestesia</strong>regional para oftalmologia?A principal variável é o conhecimento adequado da anatomia do globo ocular, da órbita e da relação entreeles, antes mesmo da realização da <strong>anestesia</strong>. Outros fatores incluem a investigação do histórico oftalmológicodo paciente, sedação adequada – mas não excessiva –, posicionamento ótimo do olho, seleção corretada agulha e controle do seu direcionamento.2. Quais as técnicas de <strong>anestesia</strong> regional mais populares paraoftalmologia?Em 1936, W.S. Atkinson descreveu o bloqueio retrobulbar, com a administração da solução de anestésicolocal dentro do cone formado pelos músculos extraoculares. Devido às complicações do bloqueio retrobulbar,incluindo lesão de nervo óptico, raqui<strong>anestesia</strong> total e amaurose contralateral, desenvolveram-se novastécnicas de <strong>anestesia</strong> para oftalmologia. Em 1986, Davis e Mandel descreveram a <strong>anestesia</strong> peribulbar, quepreconiza a administração intraorbitária do anestésico local, exteriormente ao cone formado pelos músculosextraoculares. O bloqueio peribulbar reduz o risco de injeção intraocular ou subdural de anestésico local,evita hemorragia intraconal e lesão do nervo óptico, e provê <strong>anestesia</strong> e acinesia semelhantes, em relaçãoà administração retrobulbar. A <strong>anestesia</strong> peribulbar é uma das técnicas de escolha para a maioria dos procedimentoscirúrgicos em oftalmologia devido à sua fácil execução, baixo risco e por proporcionar elevadoconforto ao paciente no período transoperatório.As técnicas de <strong>anestesia</strong> retrobulbar e peribulbar proporcionam bloqueios sensitivo e motor adequados,com mínima interferência sobre as funções respiratória, cardiovascular e endócrina. A <strong>anestesia</strong> geral paraoperações oftalmológicas é hoje reservada para pacientes pouco cooperativos, com contraindicações à<strong>anestesia</strong> regional ou com lesões oculares abertas.3. Quais são as potenciais complicações dos bloqueios regionais paraoftalmologia?As complicações da <strong>anestesia</strong> regional para oftalmologia, tanto retrobulbar quanto peribulbar, podem ser decorrentesde falhas na técnica ou do uso de fármacos. Entre elas, destacam-se: perfuração do globo ocular,hemorragia intraorbitária, quemose, aumento da pressão intraocular, alterações da musculatura extraocular,ptose, lesão de nervo óptico, síndrome da apneia retrobulbar ou <strong>anestesia</strong> subdural, oclusão da artéria centralda retina, reflexo óculo-cardíaco, reações alérgicas e intoxicação por anestésico local.4. Descreva outras técnicas anestésicas que apresentem resultadossatisfatórios e menor morbidade.A <strong>anestesia</strong> subtenoniana ou parabulbar tornou-se muito comum para operações de catarata, especialmentena Grã-Bretanha, pela excelente analgesia e por não necessitar do uso de agulhas cortantes. Sob <strong>anestesia</strong>tópica, uma pequena incisão seguida de dissecção é realizada na conjuntiva perilimbar do quadrante nasal

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