04.04.2017 Views

01 - A Guerra da Duquesa

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

aquele momento fosse diferente em algum aspecto. Que quando se deslizasse dentro dela, todo seu mundo<br />

desprenderia fogo.<br />

Saber que para ela era só suportável, privava ao ato de tudo exceto do prazer físico. Era sua noite de<br />

núpcias. Supunha-se que devia ser mágica, por estúpido e ingênuo que soasse aquilo.<br />

Quando a penetrasse, supunha-se que devia sentir outras coisas. Desejava algo mágico procedente <strong>da</strong><br />

carne dela, algo secreto que os arrebatasse. Algo que fizesse com que aquilo fosse mais que bom para ele<br />

e mais que suportável para ela. Em reali<strong>da</strong>de, embora tentasse suprimir aquele pensamento, com o corpo<br />

dela tão tenso sob o seu, Robert teria preferido sua mão esquer<strong>da</strong> a aquilo.<br />

Dava igual à possuir devagar ou depressa, que deslizasse suas mãos no cabelo dela ou as colocasse<br />

ao lado de seus ombros, <strong>da</strong>va igual porque não havia magia no ato. Quando um homem fazia amor com<br />

uma mulher que queria de ver<strong>da</strong>de, supunha-se que tinha que sentir algo diferente.<br />

“Se for bom na cama, possivelmente me apaixone por você”.<br />

Minnie havia dito aquela frase com um sorriso, e Robert não se deu conta de até que ponto queria que<br />

ela o amasse. Desejava seu amor, e sentia que essa possibili<strong>da</strong>de se afastava com ca<strong>da</strong> investi<strong>da</strong> que era<br />

meramente suportável.<br />

Fechou os olhos e pensou na Inglaterra. Concentrou-se nos prazeres menores do ato, a agradável<br />

vibração de seu corpo quando se deslizava dentro dela, o calor de seu prazer acumulando-se na base de<br />

sua coluna.<br />

– Meu Deus, Minnie! – exclamou.<br />

Investiu com mais força. Era bom. E “bom” tinha que ser suficiente. Ela era suficiente. Seu corpo,<br />

apertando-se ao redor do membro dele, seus quadris, seus seios roçando o torso dele com ca<strong>da</strong> investi<strong>da</strong>,<br />

eram suficiente. E logo, nos últimos momentos ofegantes, aquilo foi muito bom. Endureceu-se ain<strong>da</strong> mais<br />

dentro dela e o clímax produziu um momento que foi quase tão doce como o que ele tinha desejado.<br />

Quando terminou, separou-se dela e se tombou. Baixou os dedos pelas costelas dela.<br />

Bem. Um sonho romântico e idealizado que caía presa <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de. Não tinha sentido chorar por<br />

isso. E… e não seria sempre assim para ela, ver<strong>da</strong>de? Robert confiava em que não. Quase desejava<br />

haver pedido conselho a Oliver.<br />

Minnie, a seu lado, voltou-se para ele. Robert não podia olhá-la aos olhos ain<strong>da</strong>. Lhe pôs uma mão no<br />

braço.<br />

– Não quero te assustar – sua voz soava um pouco fria. Ele moveu a cabeça para um lado e a<br />

observou o melhor que pôde com aquela luz tênue.<br />

– O que ocorre?<br />

– Acredito que não fizemos certo.<br />

O corpo de Robert ficou rígido. Se ela não houvesse dito na<strong>da</strong>, ele podia ter fingido. Afastou-se<br />

sutilmente dela.<br />

– Tenho entendido que a primeira vez é a pior. Para as mulheres. Depois melhorará – tinha que fazêlo.<br />

– Não – repetiu ela com voz grave. – O fizemos errado. Sei o que se tem que sentir ao final. E isso<br />

que aconteceu a ti, não aconteceu comigo.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!