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01 - A Guerra da Duquesa

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– Sei – replicou ele com voz cortante. – Não precisa que me diga isso. Quase não podia tolerar o ato.<br />

Não precisa que me esfregue o fato de que não pude <strong>da</strong>r um orgasmo a minha esposa. Sou muito<br />

consciente disso.<br />

Aquela explosão foi seguido de um silêncio. Robert exaltou o ar com força.<br />

– Não é minha intenção te criticar – disse ela ao fim. Sua voz soava incrivelmente razoável, <strong>da</strong><strong>da</strong>s as<br />

circunstâncias, e isso fazia com que<br />

Robert desejasse lhe gritar. – É apenas que… pelo modo como o fizemos, isso jamais poderia me<br />

acontecer e… e, bom, eu tinha esperado que me acontecesse.<br />

– O que quer dizer com que não ia te acontecer? Como pode sabê-lo?<br />

Minnie o olhou sem dizer na<strong>da</strong>, e ele se deu conta de que estava gritando a sua esposa por não havêla<br />

levado ao êxtase. Porque havia sentido mais prazer do que tinha <strong>da</strong>do a ela.<br />

“Estupendo, Robert”.<br />

– Sinto-o – suspirou. – Não devia ter gritado. Você não tem a culpa – respirou fundo.<br />

Minnie pegou-o pelo braço.<br />

– Somos inteligentes. Descobriremos. Temos dez dias em Paris para aprender a fazê-lo bem.<br />

Demônios! Dez noites mais como aquela? Robert, antes, suplicaria que o liberassem disso.<br />

– Nove – corrigiu. – Já passou uma.<br />

– Esta não terminou – Minnie mordeu o lábio inferior. – Não tenho experiência com homens, mas…<br />

quer que lhe ensine isso?<br />

– Me ensinar?<br />

Ela se ruborizou.<br />

– Já sabe. Que te ensine o que faria eu sozinha.<br />

Depois do desastre em que se converteu aquela noite, Robert pensava que seria impossível que<br />

voltasse a desejá-la. E, entretanto, aquelas palavras provocaram um comichão em algum lugar de sua<br />

mente, uma faísca de interesse. Pigarreou.<br />

– Não tenho nenhum outro plano para esta noite.<br />

Ela soltou uma gargalha<strong>da</strong>.<br />

– Suponho que não. Começa aqui – deslizou uma mão entre suas coxas.<br />

– Eu comecei aí.<br />

– Um pouco mais acima – ela fez algo com a mão, algo que Robert não pôde ver até que se sentou na<br />

cama e lhe observou os dedos. Deslizavam-se, não na abertura, a não ser mais acima, fixos no botão<br />

brilhante entre as pernas dela. Suas carícias eram leves e rápi<strong>da</strong>s. Ela conteve o fôlego de repente e logo<br />

respirou de modo regular.<br />

Ele fez o mesmo.<br />

– No que está pensando? – perguntou.<br />

Ela o olhou aos olhos.<br />

– Em ti. Recor<strong>da</strong> o dia em que jogou a massa de colar na minha saia?<br />

– Humm.

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