04.04.2017 Views

01 - A Guerra da Duquesa

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

CAPÍTULO 13<br />

QUANDO Minnie SOPROU a vela AQUELA NOITE e se meteu na cama, to<strong>da</strong>s as emoções do dia a<br />

tinham abandonado. Tinha a sensação de que se achava nas labare<strong>da</strong>s de um fogo selvagem, com o<br />

terreno a seu redor enegrecido e queimado até onde alcançava à vista. Quase podia cheirar a fumaça e<br />

sentir em seu interior as brasas ocultas que ain<strong>da</strong> não se converteram em cinza.<br />

– Não te apaixone por ele, Minnie – advertiu a si mesmo. Mas o quarto estava às escuras e seu corpo<br />

não tinha esquentado ain<strong>da</strong> os lençóis.<br />

Se ele fosse menos atrativo, menos rico e não fosse duque… Poderia ter sido um ferreiro ou um<br />

livreiro. Alguém humilde, mas com sua mente agu<strong>da</strong>, seus olhos penetrantes e aquele sorriso luminoso<br />

que parecia feito apenas para ela.<br />

Em vez disso, era uma <strong>da</strong>s pessoas de mais linhagem do reino. Podia escolher entre milhares de<br />

mulheres. De fato, provavelmente estava escolhendo uma naquele momento. Os duques faziam essas<br />

coisas, não? Tinham uma amante, que podia ser loira, castanha ou morena, dependendo do capricho que<br />

tivessem aquele dia. Tomavam o que queriam e deixavam um punhado de moe<strong>da</strong>s como lembrança. Ser<br />

duque implicava que tinham um harém perpétuo a seu alcance. Só tinham que pedir.<br />

Aquela ideia deveria ter aborrecido a Minnie, mas, por alguma razão, imaginou ao Robert… Não,<br />

tinha que pensar nele como “o duque”, não por seu nome, não como uma pessoa. Imaginou, pois, ao duque<br />

olhando um desfile de garotas que lhe mostrava uma proprietária de rosto magro. Imaginou que pousava<br />

os olhos em uma garota de cabelo castanho claro e peito grande. – Ela – dizia. – Esta noite quero a essa.<br />

“A desejo”.<br />

Era muito estúpido por sua parte imaginar que esse desejo persistiria o suficiente nele para pagar uma<br />

substituta. Minnie trocou de posição na cama, mas não pôde tirar a ideia <strong>da</strong> cabeça.<br />

Ele podia estar na cama com a outra naquele momento. Suas mãos roçariam os seios dela. Assim. Seus<br />

lábios não encontrariam a palma <strong>da</strong> mão dela, a não ser seu pescoço, seus lábios. Não haveria hesitação<br />

nem contenção. Não haveria na<strong>da</strong> fora do desejo excitado dele.<br />

Cobriria à mulher com seu corpo e ela se entregaria a ele. Abriria as pernas, abraçaria com elas o<br />

corpo dele…<br />

Aqueles pensamentos conseguiram esquentar a cama de Minnie, mas uma vez que tinha começado, já<br />

não pôde frear sua mente. Levou uma mão entre suas pernas e a outra a um dos mamilos. Imaginou<br />

desejando-a tanto como o desejava ela, possuindo-a em sua imaginação como não podia permitir que<br />

acontecesse na vi<strong>da</strong> real. Ele se afundou nela com força; ela se estremeceu quando chegou à beira do<br />

orgasmo. E quando alcançou o clímax, mordendo o lábio para não gritar, foi a cara dele o que viu.<br />

Depois disso, a cama estava já muito quente, assim teve que afastar as mantas e deixar que a<br />

envolvesse o ar frio, que voltou a converter seus mamilos em pontas duras. Mas o frio não lhe<br />

proporcionou a clari<strong>da</strong>de mental que necessitava desespera<strong>da</strong>mente.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!