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– E a parte em que saltava partes do alfabeto? Isso tampouco tem na<strong>da</strong> de divertido?<br />
Aquele era um homem que queria que sua esposa o amasse, mas que não se permitia essa esperança.<br />
E então foi quando Minnie se deu conta de que ela tinha algo que ele nunca tinha tido. Ela tinha sido<br />
queri<strong>da</strong>. Seu pai a tinha adorado até o momento no qual sua iminente condenação lhe tinha quebrado o<br />
espírito. Ela tinha anos de lembranças felizes com ele. Depois do desaparecimento de seu pai, tinham<br />
chegado suas tias. Embora não estivesse de acordo com tudo o que lhe haviam dito, tinham-na querido.<br />
Tinham-na tratado de um modo que demonstrava que lhes importava. Ela <strong>da</strong>va por certo esse carinho.<br />
Afortuna<strong>da</strong> ela.<br />
Robert tinha que rir do que tinha passado. Se não ria, choraria. Ela não tinha podido entendê-lo até<br />
esse momento, porque nesse momento sabia que ela também tinha que rir ou ficaria a chorar. Ele a olhava<br />
com tal desespero que ela não pôde suportar seguir contradizendo-o.<br />
– Sim – murmurou, entrelaçando os dedos com os dele. – Agora o vejo. Sim tem graça.<br />
OS PRIMEIROS DIAS EM Paris foram maravilhosos para Robert. Como se tivesse passado a vi<strong>da</strong><br />
atrás de nuvens e de repente tivesse saído o sol com to<strong>da</strong> sua força cegadora.<br />
Despertavam. Passeavam. Visitavam museus e lugares de interesse. Pela tarde voltavam para seu<br />
quarto e faziam amor. Os camarotes <strong>da</strong> ópera ficaram sem usar para poder ficarem mais tempo na cama.<br />
– Disse que tinha me imaginado de joelhos – disse ela uma tarde. – Como seria isso?<br />
Robert o explicou. E então ela insistiu em prová-lo. E depois de umas leves instruções, endureceu<br />
com a boca o pênis dele, que tinha as mãos nos ombros dela. Ele deu um coice e ela o acariciou em sua<br />
boca até que derramou sua semente. Depois disso, lhe pareceu justo lhe devolver o favor. Demorou um<br />
pouco mais em aprender a fazê-lo, mas o esforço valeu a pena.<br />
“Se for bom na cama, poderia me apaixonar por você”.<br />
Robert estava decidido a chegar a ser bom, e tinha anos de fantasias que explorar.<br />
Às vezes as coisas que imaginavam resultavam anatomicamente impossíveis e terminavam caindo ao<br />
chão e rindo. Em outras ocasiões, como a vez em que ele a debruçou sobre a escrivaninha, resultavam<br />
muito, muito boas.<br />
Em sua quarta noite em Paris, lhe pôs rubis ao redor do pescoço, só rubis e depois de lhe haver tirado<br />
todo o resto, fez o que quis com ela.<br />
Quando terminou, ela tocou as pedras que levava ao redor do pescoço.<br />
– Supõe-se que isto é um suborno? – perguntou. – Porque já deveria haver te <strong>da</strong>do conta de que não<br />
precisa me oferecer na<strong>da</strong> para me levar a sua cama.<br />
– Poderia me <strong>da</strong>r conta – respondeu ele, corajoso, – mas por sorte para ti, a luxúria me deixa estúpido.<br />
E você recebe rubis.<br />
Minnie sorriu.<br />
Mas tinha razão. Os rubis eram um suborno. Não para conseguir seus favores. A Robert, estando<br />
casado, apreciava tão pouco a ideia de pagar pelo sexo como lhe tinha gostado quando solteiro. Mas<br />
queria que ela o amasse. Queria-o com um desejo profundo que não podia explicar. Essa noite esteve a