01 - A Guerra da Duquesa

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Uma mulher do piso de baixo ergueu a vista e os olhou. Em seus olhos não havia ódio nem desprezo. Apenas uma expressão suave nos cantos dos olhos. Um desejo. Possivelmente tinha sido em outro tempo uma senhorita gentil que não tinha podido casar-se. Talvez não tivesse outra opção que trabalhar até que seu cabelo embranquecesse antes do tempo e sua pele se convertesse em couro. Mas ergueu a vista e seus lábios, como todos os outros, moviam-se cantando. – E bem? – perguntou o senhor Charingford. – O que é que você vê? – Vejo a Minnie – a Robert lhe quebrou a voz. – Vejo o que poderia ter sido dentro de dez anos, quando suas tias tivessem morrido. O senhor Charingford respirou com força. Vejo sua filha, se desaparecesse o mercado das meias. – Lydia não – respondeu o senhor Charingford, escandalizado. – Ela não… – mas deixou a frase pela metade. – Vejo o que poderia ter sido meu irmão se outro homem não se tivesse oferecido para criá-lo. Vejo a cozinheira de minha infância, se eu não lhe tivesse dado uma pensão. A única pessoa a quem não vejo é a mim mesmo – pousou as mãos no corrimão. – Eu nunca estive aí e nunca estarei. Quão único entendo agora é que não posso compreender o que é estar trabalhando em uma fábrica e elevar a vista e cantar. O senhor Charingford inclinou a cabeça para ele. Agora o escutava com atenção. – Tenho um montão de defeitos. Vou correndo onde deveria ir caminhando com cuidado. Falo quando deveria escutar. Mas quando os ouço cantar, não ouço só um hino. Cantam a Deus porque não encontraram a ninguém mais que os escute. – Stevens diz que, se os escutarmos uma vez, só conseguiremos inspirá-los a mostrar-se cada vez mais irracionais – disse Charingford com cautela. – Viu se Stevens se torna mais razoável quanto mais você cede às suas exigências? Charingford afastou a vista. – Quanto lhe pediu, senhor Charingford? Você é magistrado. Disse que não lhe ajudará se não fazer o que lhe diz? Pediu-lhe dinheiro? Ou se limitou a lhe pedir que lhe desse a mão de sua formosa filha em compensação por seus esforços? Charingford apertou com força o corrimão de metal que tinha diante. Fechou os olhos. – Isso – respondeu. – Tudo isso. – Eu tenho descoberto – disse Robert– que, com folga, pagar meus operários o suficiente para que não vejam o futuro com terror custa muito menos que empregar a homens que os aterrorizem. – Você fala como Minnie – murmurou Charingford, ranzinza. Robert sorriu e moveu a cabeça. Era o melhor elogio que já lhe tinham feito. Um moço passou correndo para levar uma bombinha a um homem que se virou para uma das máquinas. Se não olharmos com atenção – disse Robert, – os homens e mulheres da fábrica se convertem em uma massa indistinguível de tons cinzas e marrons. Então não terá que vê-los salvo como os braços das máquinas, embora de carne e sangue em vez de ferro e aço. Que cobram salários em lugar de ter que
comprá-los com antecipação. Mas as máquinas não cantam. As máquinas não têm esperança. E não acredito que possamos pará-los nem com mil capitães Stevens. Eu não penso tentá-lo. – Você é um radical. Não havia paixão na acusação. Charingford olhava a fábrica. Mas agora seu olhar se detinha aqui e lá, em mulheres que envolviam as meias em papel, em homens que operavam as máquinas. – Sei – disse Robert. – Se tivesse falado comigo quando chegou, em lugar de escrever santinhos… – Estou amadurecendo. E minha esposa, ao que parece, tem algum efeito em mim – Robert encolheu os ombros. – Nunca se sabe. Possivelmente aos trinta anos comece a ter algum efeito no que me rodeia.
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- Uau! - disse outra voz que Robert
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O capitão Stevens se situou a seu
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- De minimis - leu. Não tinha estu
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Muitos “muito” para resultar ac
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O homem loiro se inclinou levemente
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sobrinha neta e que não há nenhum
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Mas por muitas coisas que se disses
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O duque pensou um momento em suas p
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a quem não voltaria a ver nunca. C
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- Seguros - ele arrastou a palavra
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CAPÍTULO 4 A CHUVA SALPICAVA OS CR
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Clermont. Sempre que o felicitavam
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A ele não lhe tinha acabado o temp
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Ela ergueu a vista. Pela primeira v
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peitilho. Ouviram-se murmúrios sob
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- Não pode fazer isso. Mas sem dú
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- Mas ele era… - murmurou Minnie.
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Finney o olhou. Negou com a cabeça
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- Sério? Finney assentiu. - Tem mu
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CAPÍTULO 6 ESSA NOITE, O SONHO de
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damas com o que parecia água de ce
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- Bem dito, doutor - murmurou a vi
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- Mil perdões, Excelência - sua v
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- Não é que você tenha intuiçã
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CAPÍTULO 7 QUANDO Minnie CHEGOU EM
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Olhar para cima? Não, o duque de C
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- Amanhã vou a Londres - anunciou.
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- Pode estar seguro de que não rom
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- Não sei o que você é. E certam
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Ela sempre parece respeitável. Nã
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Os olhos dela eram cinzas, luminoso
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Não podia pensar com lógica. Não
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Não foram as palavras o que conseg
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- Você não tem do que preocupar-s
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- Não quero falar de Stevens - bai
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- Isso apenas ocorre nos contos de
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Na calçada em frente, a dez jardas
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- Há algo nela que atrai meu olhar
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- Mas você… você… - Robert se
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- Parece-se muito a seu pai. Muito
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Ela ergueu a vista e em seguida afa
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- Eu recebo encantado a todas as cr
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Dizia-o a sério, Minnie. Eu gostar
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- Jamais tinha pensado nisso - era
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Mas sua primeira carta não tinha t
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Minnie inclinou a cabeça e fez uma
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Quando ele ia visitar prostitutas,
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CAPÍTULO 17 CHEGOU O ENTARDECER E
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Minnie sabia que ocorreria aquilo.
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- Isso não me importa nada! - A ca
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O salão ao qual o conduziram poder
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