17.04.2013 Views

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os Srs. Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da<br />

Seção Judiciária do Espírito Santo, conhecer e, no mérito, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO, na forma da ementa<br />

constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

ASSINADO ELETRONICAMENTE<br />

Pablo Coelho Charl<strong>es</strong> Gom<strong>es</strong><br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

96 - 0005725-08.2010.4.02.5050/01 (2010.50.50.005725-5/01) (PROCESSO ELETRÔNICO) ARLEIDE MARIA COMPER<br />

MILANEZ (ADVOGADO: LUIZ CARLOS BARRETO.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR:<br />

BRUNO MIRANDA COSTA.).<br />

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO<br />

1ª Turma Recursal - 2. Juiz Relator<br />

PROCESSO: 0005725-08.2010.4.02.5050/01 (2010.50.50.005725-5/01)<br />

E M E N T A<br />

PREVIDENCIÁRIO – RESTABELECIMENTO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE<br />

LABORAL – LAUDO MÉDICO PERICIAL – PREVALÊNCIA SOBRE LAUDO PARTICULAR – SENTENÇA MANTIDA –<br />

RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.<br />

1. Trata-se de recurso inominado, interposto pela parte autora, em face da sentença de fls. 83/84, que julgou improcedente<br />

o seu pedido de r<strong>es</strong>tabelecimento do benefício de aposentadoria por invalidez. Alega a recorrente, Arleide Maria Comper<br />

Milanez, em suas razõ<strong>es</strong> recursais, que é portadora de <strong>es</strong>quizofrenia, ou<strong>tr</strong>os <strong>tr</strong>anstornos da personalidade, do<br />

comportamento adulto e epilepsia. Alega ainda, que a perícia médica judicial foi superficial. Com isso, requer a reforma ou<br />

nulidade da sentença, julgando procedente o pedido exposto na inicial. O INSS não apr<strong>es</strong>entou con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong>.<br />

2. A aposentadoria por invalidez, conforme o artigo 42 da Lei nº 8.213/91, será devida ao segurado que, <strong>es</strong>tando ou não em<br />

gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe<br />

garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer n<strong>es</strong>ta condição.<br />

3. A parte autora recebeu o benefício de auxílio doença de 13/07/2004 a 16/03/2005 e aposentadoria por invalidez no<br />

período de 17/03/2005 a 29/04/2011 (fl. 82). O benefício foi c<strong>es</strong>sado pelo fato de que não ser constatada, em exame<br />

realizado pela perícia médica do INSS, a incapacidade da recorrida.<br />

4. Preliminarmente, a recorrente requer a realização de nova perícia médica, em virtude da arguição de que a m<strong>es</strong>ma é<br />

superficial. Requer, ainda, que seja d<strong>es</strong>ignado o psiquia<strong>tr</strong>a da municipalidade que atende a parte autora para que emita o<br />

laudo, ou que seja oficiado à Unidade de Saúde de Cariacica obrigando <strong>es</strong>ta a en<strong>tr</strong>egar as cópias dos prontuários, haja<br />

vista que há mais de um ano não há médico psiquia<strong>tr</strong>a no posto médico.<br />

5. Verifico que não há razão para se realizar nova perícia médica, visto que a matéria foi suficientemente <strong>es</strong>clarecida pelo<br />

perito médico, que possui <strong>es</strong>pecialidade nas doenças em que a recorrente se queixa, além de não haver nenhuma nulidade<br />

que contamine a produção da prova.<br />

6. Ao se analisar o conjunto probatório pr<strong>es</strong>ente nos autos, verifica-se, mediante perícia médica judicial (fls. 68/69), que a<br />

recorrente não apr<strong>es</strong>enta incapacidade para a atividade laboral, pois não é portadora de doença mental, encon<strong>tr</strong>a-se lúcida,<br />

orientada, coerente, cooperativa, calma bem humorada, e não apr<strong>es</strong>enta distúrbios do comportamento, limitaçõ<strong>es</strong><br />

funcionais e/ou alteraçõ<strong>es</strong> senso perceptivas. Com isso, o perito afirma que a recorrente encon<strong>tr</strong>a-se apta a exercer<br />

atividade laboral, não apr<strong>es</strong>entando incapacidade.<br />

7. Os at<strong>es</strong>tados de médico assistente apr<strong>es</strong>entados pela parte autora (fls. 17 e 19) corr<strong>es</strong>pondem ao período em que a<br />

m<strong>es</strong>ma <strong>es</strong>teve em gozo de benefício previdenciário, por isso não podem ser considerados, pois não comprovam a<br />

persistência da incapacidade para o <strong>tr</strong>abalho após a c<strong>es</strong>sação do benefício.<br />

8. Vale r<strong>es</strong>saltar quanto aos laudos particular<strong>es</strong> apr<strong>es</strong>entados, o teor do Enunciado 08 da Turma Recursal do Espírito<br />

Santo: “O laudo médico particular é prova unilateral, enquanto o laudo médico pericial produzido pelo juízo é, em princípio,<br />

imparcial. O laudo pericial, sendo conclusivo a r<strong>es</strong>peito da plena capacidade laborativa, há de prevalecer sobre o particular”.<br />

9. Assim, de acordo com o laudo médico pericial, não havendo incapacidade, não merecem guarida os argumentos<br />

expostos nas razõ<strong>es</strong> recursais.<br />

10. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.<br />

11. Custas ex lege. Sem condenação em honorários advocatícios, uma vez que a recorrente é beneficiária da assistência

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!