boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal
boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal
boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Minis<strong>tr</strong>o LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/05/2010, DJe 14/06/2010).<br />
N<strong>es</strong>se m<strong>es</strong>mo sentido se manif<strong>es</strong>tou o acórdão embargado, senão vejamos:<br />
1. “Quando a aposentadoria do segurado, ou o r<strong>es</strong>gate em cota única, ocorrer na vigência da Lei 9.250/95, o termo<br />
a quo da pr<strong>es</strong>crição começará a fluir da data de sua aposentadoria, pois é a partir d<strong>es</strong>se momento que ocorrem os<br />
d<strong>es</strong>contos relativos ao imposto de renda. Por ou<strong>tr</strong>o lado, quando a aposentadoria ocorrer na vigência da Lei 7.713/88, o<br />
termo inicial a ser considerado é a partir da vigência da Lei 9.250/95, quando houve a mudança na sistemática de d<strong>es</strong>conto<br />
do imposto de renda.” (TRF 1ª Região - Apelação Cível – 2005.38.00024204-8 – DJ 19/12/2007).<br />
2. O recorrente se aposentou em 1997. Foi n<strong>es</strong>sa época que ele deve também ter começado a receber da entidade<br />
de previdência fechada o complemento da aposentadoria. E, por conseguinte, foi n<strong>es</strong>sa época que, com a incidência do<br />
imposto de renda sobre os valor<strong>es</strong> pagos pela entidade de previdência fechada, instaurou-se o bis in idem. De acordo com<br />
o primado da actio nata, o termo inicial do prazo de pr<strong>es</strong>crição deve, pois, ser fixado no mês da aposentadoria. Como a<br />
ação foi somente ajuizada em 2009, a pr<strong>es</strong>crição já <strong>es</strong>tava consumada, ainda que se considere o prazo de pr<strong>es</strong>crição de<br />
dez anos. Hipót<strong>es</strong>e de pr<strong>es</strong>crição do fundo de direito.<br />
Assim, não há que se falar em omissão no julgado.<br />
Embargos de declaração rejeitados. Acórdão mantido.<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da<br />
Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, REJEITAR OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, na forma da ementa<br />
constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />
BRUNO DUTRA<br />
Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />
142 - 0008382-88.2008.4.02.5050/01 (2008.50.50.008382-0/01) NILTON RIBEIRO MARTINS (ADVOGADO: LIDIANE<br />
ZUMACH LEMOS PEREIRA, DULCINEIA ZUMACH LEMOS PEREIRA.) x BANCO CENTRAL DO BRASIL x BANCO DO<br />
BRASIL S/A.<br />
PROCESSO Nº. 2008.50.50.008382-0/01<br />
RECORRENTE: NILTON RIBEIRO MARTINS<br />
RECORRIDO: BANCO CENTRAL DO BRASIL E BANCO DO BRASIL S/A<br />
RELATOR: JUIZ FEDERAL BUNO DUTRA<br />
EMENTA<br />
RECURSO INOMINADO. CADERNETA DE POUPANÇA. PLANOS ECONÔMICOS. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS.<br />
ILEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO CENTRAL. POLO PASSIVO INTEGRADO POR ENTIDADE DE DIREITO<br />
PRIVADO NÃO CONTEMPLADA NO INCISO I DO ARTIGO 109 DA CF/88. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL<br />
PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.<br />
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora, ora recorrente, em face da sentença de fls. 13/14, que<br />
extinguiu o feito, sem r<strong>es</strong>olução do mérito, com fulcro no art. 3º, caput, da Lei nº 10.259 c/c arts. 109, I, da CF/88 e 267, IV,<br />
do CPC. Em razõ<strong>es</strong> de recurso, sustenta o autor que r<strong>es</strong>tou assente nos autos a r<strong>es</strong>ponsabilidade do Banco Cen<strong>tr</strong>al do<br />
Brasil, possuindo o m<strong>es</strong>mo legitimidade passiva para integrar a pr<strong>es</strong>ente ação, de modo que não haveria que se falar em<br />
incompetência da <strong>Justiça</strong> <strong>Federal</strong>. Sem con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong>.<br />
2. A sentença deve ser mantida por seus próprios fundamentos (art. 46 da Lei 9.099/95).<br />
3. Não assiste razão ao autor ao sustentar a legitimidade passiva do Banco Cen<strong>tr</strong>al do Brasil no pr<strong>es</strong>ente feito. Nas açõ<strong>es</strong><br />
em que se busca o pagamento de diferença de correção monetária dos saldos de caderneta de poupança, a legitimidade<br />
passiva é dos bancos depositários. Diante disso, como foi o Banco do Brasil (banco depositário) que aplicou nos saldos das<br />
cadernetas de poupança índice inferior ao da inflação, não pode o BACEN ser r<strong>es</strong>ponsabilizado.<br />
5. N<strong>es</strong>se sentido, confiram-se os precedent<strong>es</strong> a seguir reproduzidos:<br />
CIVIL. PROCESSO CIVIL. CADERNETA DE POUPANÇA. MES DE MARÇO/90. INDICE DE CORREÇÃO. AGENTE<br />
FINANCEIRO. BANCO CENTRAL DO BRASIL. PARTE ILEGITIMA PASSIVA. COMPETENCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.<br />
1. A conta de poupança é um con<strong>tr</strong>ato que o poupador celebra com o <strong>es</strong>tabelecimento de crédito.<br />
2. Se a instituição financeira aplicou nos saldos das cadernetas de poupança índice inferior ao da inflação, não pode o<br />
Banco Cen<strong>tr</strong>al do Brasil ser r<strong>es</strong>ponsabilizado.