boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal
boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal
boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
aposentadoria por idade, e que o m<strong>es</strong>mo possui mais de 65 anos (79 anos de idade – fl. 58), deve ser d<strong>es</strong>considerado o<br />
valor proveniente da aposentadoria, de modo que a renda familiar passará a ser nula, fato <strong>es</strong>te que a<strong>tr</strong>ai o deferimento do<br />
benefício assistencial pleiteado.<br />
11. Quanto, ao recurso da autora o m<strong>es</strong>mo não merece provimento, tendo em vista que a m<strong>es</strong>ma, após indeferimento do<br />
primeiro requerimento adminis<strong>tr</strong>ativo de LOAS em 16/08/2004 (fl. 4), somente deu en<strong>tr</strong>ada com um novo requerimento em<br />
13/04/2009, ou seja, quase cinco anos após o primeiro indeferimento. Isto posto, conclui-se que a autora aceitou a decisão<br />
adminis<strong>tr</strong>ativa proferida no ano de 2004, tanto que somente no ano de 2009 com a segunda negativa do INSS é que a<br />
m<strong>es</strong>ma ingr<strong>es</strong>sou com a pr<strong>es</strong>ente ação. D<strong>es</strong>tarte, deve ser mantida a DIB na data do último requerimento adminis<strong>tr</strong>ativo de<br />
13/04/2009 (fl. 7).<br />
12. Pelo exposto, faz jus a autora, ao benefício assistencial previsto na Lei 8.742/93, d<strong>es</strong>de a data do segundo requerimento<br />
adminis<strong>tr</strong>ativo (13/04/2009 – fl. 7).<br />
13. Recursos conhecidos e improvidos. Sentença integralmente mantida.<br />
14. Ante a sucumbência recíproca, os honorários sucumbenciais se compensam.<br />
15. Custas pro rata, isenta a parte ré (art. 4º, I, da Lei 9.289/96). No que tange à parte autora, ante o deferimento de<br />
assistência judiciária gratuita à fl. 37, suspendo a exigibilidade de tais verbas sucumbenciais, nos termos do art. 12 da Lei<br />
n.º 1.060/50.<br />
ACÓRDÃO<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal<br />
dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, CONHECER DOS RECURSOS<br />
e, no mérito, NEGAR-LHES PROVIMENTO, na forma da ementa constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente<br />
julgado.<br />
BRUNO DUTRA<br />
Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />
120 - 0000268-23.2009.4.02.5052/02 (2009.50.52.000268-3/02) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />
(PROCDOR: RODRIGO STEPHAN DE ALMEIDA.) x MARIA DA PENHA FIGUEREDO (ADVOGADO: EDGARD VALLE DE<br />
SOUZA.).<br />
RECURSO DE SENTENÇA N.º 0000268-23.2009.4.02.5052/02<br />
RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />
RECORRIDO: MARIA DA PENHA FIGUEIREDO<br />
RELATOR: JUIZ FEDERAL BRUNO DUTRA<br />
EMENTA<br />
PREVIDENCIÁRIO – ASSISTÊNCIA SOCIAL – BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – ART. 20 DA LEI 8.742/93 –<br />
ESTATUTO DO IDOSO – APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 34, DA LEI 10.741/03 – POSSIBILIDADE -<br />
CONFIGURAÇÃO DO REQUISITO DE MISERABILIDADE – INCAPACIDADE RECONHECIDA – ANÁLISE DAS<br />
CONDIÇÕES PESSOAIS - BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DEVIDO – RECURSO IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA.<br />
1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré, ora recorrente, em face da sentença de fls. 81/84, que julgou<br />
procedente o pedido de conc<strong>es</strong>são do benefício assistencial previsto na Lei nº 8.742/93 (LOAS) em favor da requerente.<br />
Alega o INSS, em razõ<strong>es</strong> recursais, que a aplicação do parágrafo único do art. 34 da Lei nº 10.741/03 é r<strong>es</strong><strong>tr</strong>ita à percepção<br />
de benefício assistencial concedidos a idosos de uma m<strong>es</strong>ma família, não autorizando interpretação ampliativa para<br />
abranger ou<strong>tr</strong>os benefícios previdenciários, de modo que a aposentadoria por idade recebida pelo <strong>es</strong>poso da autora não<br />
pode ser d<strong>es</strong>considerada para o cálculo da renda mensal per capita do grupo familiar. Ademais, sustenta o recorrente que a<br />
prova pericial concluiu pela capacidade laboral da parte autora, circunstância que não autoriza o deferimento do benefício<br />
assistencial, d<strong>es</strong>tinado, tão somente, aos indivíduos portador<strong>es</strong> de deficiência que os impeçam de obter recursos que lh<strong>es</strong><br />
garantam a subsistência. Con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> às fls. 91/92.<br />
2. Conforme os termos do art. 20 da Lei nº 8.742/93, o benefício de pr<strong>es</strong>tação continuada é garantido no valor de um salário<br />
mínimo mensal à p<strong>es</strong>soa portadora de deficiência e ao idoso com 65 (setenta) anos ou mais, que comprove não possuir<br />
meios de prover a própria manutenção e nem tê-la provida por sua família. Por conseguinte, considera-se incapaz de prover<br />
à manutenção do portador de deficiência ou idoso, a família cuja renda mensal per capita seja inferior a ¼ do salário<br />
mínimo vigente (§3º, art. 20 da Lei 8.742/93).<br />
3. Observa-se, pelo relatório social de fls.20/22, que a autora (68 anos) r<strong>es</strong>ide com seu <strong>es</strong>poso (70 anos) e uma filha (15