17.04.2013 Views

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

72 - 0000708-19.2009.4.02.5052/01 (2009.50.52.000708-5/01) (PROCESSO ELETRÔNICO) LUAN ROZARIO DOS<br />

SANTOS (ADVOGADO: ADENILSON VIANA NERY.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR:<br />

JOSE APARECIDO BUFFON.).<br />

1ª Turma Recursal - 2. Juiz Relator<br />

PROCESSO: 0000708-19.2009.4.02.5052/01 (2009.50.52.000708-5/01)<br />

E M E N T A<br />

ASSISTÊNCIA SOCIAL – BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – LOAS – REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS –<br />

PERÍCIA MÉDICA JUDICIAL – INCAPACIDADE NÃO COMPROVADA – PREVALÊNCIA DA PERÍCIA JUDICIAL –<br />

SENTENÇA MANTIDA – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.<br />

1. Trata-se de recurso inominado, interposto por LUAN ROZARIO DOS SANTOS, em face da sentença (fls. 65/67) que<br />

julgou improcedente o seu pedido inicial de conc<strong>es</strong>são do benefício assistencial de pr<strong>es</strong>tação continuada. Almeja o<br />

recorrente, em suas razõ<strong>es</strong> recursais, que a sentença prolatada no juízo a quo seja declarada nula e que os autos retornem<br />

ao Juizado de origem para que sejam complementadas as r<strong>es</strong>postas relativas aos qu<strong>es</strong>itos do juízo ou que seja d<strong>es</strong>ignada<br />

nova perícia judicial. Subsidiariamente, o recorrente requer a reforma da sentença, suscitando que a incapacidade pode ser<br />

comprovada pelos laudos acostados aos autos, fazendo-se cumprir, portanto, todas as condiçõ<strong>es</strong> para que o benefício<br />

assistencial seja concedido. O INSS apr<strong>es</strong>entou con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> pugnando pela manutenção da sentença.<br />

2. Os requisitos do benefício pleiteado encon<strong>tr</strong>am-se no art. 20 da Lei nº 8.742/93 a qual prevê que o benefício será<br />

concedido à p<strong>es</strong>soa portadora de deficiência ou ao idoso que não possua meios de prover o próprio sustento e nem de tê-lo<br />

provido por sua família.<br />

3. A perícia médica judicial (fl. 54) constatou que o autor é portador de catarata congênita no olho <strong>es</strong>querdo (amaurose),<br />

sem indicação de <strong>tr</strong>atamento cirúrgico, apr<strong>es</strong>entando quadro <strong>es</strong>tável. Ao verificar tais qu<strong>es</strong>tõ<strong>es</strong>, o jurisperito concluiu que o<br />

recorrente não se encon<strong>tr</strong>a incapaz, podendo exercer qualquer atividade, independente de <strong>es</strong>forço físico intenso.<br />

4. Quanto ao pedido de anulação da sentença, entendo que não assiste razão ao recorrente. A matéria foi suficientemente<br />

<strong>es</strong>clarecida pelo médico perito, que é <strong>es</strong>pecialista habilitado e capacitado para realização de perícias de forma imparcial.<br />

Ademais, como é possível perceber, os requisitos que o recorrente almeja que sejam r<strong>es</strong>pondidos em nada alterariam o<br />

r<strong>es</strong>ultado da perícia médica judicial. Sendo assim, não há que se falar em cerceamento de def<strong>es</strong>a, visto que o documento<br />

pericial foi conclusivo e suficiente, não havendo, consequentemente, qualquer nulidade acerca da produção de provas.<br />

5. No que tange à incapacidade, é possível perceber a clara incompatibilidade en<strong>tr</strong>e o laudo particular apr<strong>es</strong>entado (fl. 11) e<br />

o laudo subscrito pelo perito médico judicial (fl. 54). É importante, portanto, atentar ao Enunciado nº 08 da Turma Recursal<br />

do Espírito Santo: “O laudo médico particular é prova unilateral, enquanto o laudo médico pericial produzido pelo juízo é, em<br />

princípio, imparcial. O laudo pericial, sendo conclusivo a r<strong>es</strong>peito da plena incapacidade laborativa, há de prevalecer sobre o<br />

particular”. Não se dispõe, no caso dos autos, de elementos aptos a excluir a incidência do entendimento consolidado no<br />

referido enunciado.<br />

6. Por todo o exposto, ao se verificar que não houve cerceamento da def<strong>es</strong>a no que tange à perícia médica judicial e que o<br />

recorrente não preencheu o requisito da incapacidade exigido para a conc<strong>es</strong>são do benefício assistencial (art. 20 da Lei nº<br />

8.742/93), não merecem guarida os argumentos apr<strong>es</strong>entados em sede recursal.<br />

7. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.<br />

8. Custas ex lege. Sem condenação em honorários advocatícios, uma vez que o recorrente é beneficiário da assistência<br />

judiciária gratuita.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal dos Juizados<br />

Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO, na forma da ementa<br />

constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

ASSINADO ELETRONICAMENTE<br />

Pablo Coelho Charl<strong>es</strong> Gom<strong>es</strong><br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

73 - 0003638-16.2009.4.02.5050/01 (2009.50.50.003638-9/01) (PROCESSO ELETRÔNICO) INSTITUTO NACIONAL DO<br />

SEGURO SOCIAL - INSS x SEBASTIANA SOTERIA DA CUNHA (ADVOGADO: ANDRÉ VINICIUS MARQUES<br />

GONÇALVES.).<br />

1ª Turma Recursal - 2. Juiz Relator

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!