17.04.2013 Views

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

No caso sob apreço, no entanto, infere-se, com clareza, que o embargante pretende, unicamente, a rediscussão do mérito<br />

já decidido em sede de julgamento dos embargos de declaração. As t<strong>es</strong><strong>es</strong> defendidas nos embargos de fls. 111/112 são<br />

idênticas às expostas nos embargos de fls. 96/102, as quais foram rechaçadas pelo acórdão de fls. 106/107. Com efeito, o<br />

acórdão embargado aduziu que:<br />

O acórdão embargado não padece de omissão passível do manejo da referida peça proc<strong>es</strong>sual. No supracitado acórdão,<br />

verifica-se que foram claros e coerent<strong>es</strong> os argumentos que propiciaram à Turma Recursal dar provimento ao recurso da<br />

autarquia previdenciária. R<strong>es</strong>tou claro que a incapacidade da autora é anterior ao seu ingr<strong>es</strong>so na Previdência Social<br />

(fevereiro de 2007). O perito médico judicial afirmou que a l<strong>es</strong>ão já <strong>es</strong>tava <strong>es</strong>tabelecida em 29/11/2001. Ademais, a própria<br />

autora <strong>tr</strong>ouxe laudo médico particular de 04/12/2006 que indica que a m<strong>es</strong>ma é portadora de neoplasia em <strong>es</strong>tágio clínico<br />

avançado.<br />

Assim, não há que se falar em omissão no julgado, r<strong>es</strong>saltando-se que a teoria dos motivos determinant<strong>es</strong>, embora acatada<br />

por <strong>es</strong>te magis<strong>tr</strong>ado, por repr<strong>es</strong>entar t<strong>es</strong>e diversa da acolhida e não omissão, con<strong>tr</strong>adição ou obscuridade do julgado, não<br />

pode ser rediscutida em sede de embargos de declaração visando afastar a conclusão obtida em sede de julgamento de<br />

recurso inominado,.<br />

Embargos de declaração rejeitados. Acórdão mantido.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da<br />

Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, REJEITAR OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, na forma da ementa<br />

constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

BRUNO DUTRA<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

112 - 0001540-92.2008.4.02.5050/01 (2008.50.50.001540-0/01) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

(PROCDOR: CLEBSON DA SILVEIRA.) x VALDINEIA MARIA TINELLI (ADVOGADO: IZAEL DE MELLO REZENDE,<br />

SARITA DO NASCIMENTO FREITAS, MARIANA PIMENTEL MIRANDA DOS SANTOS, ANA MERCEDES MILANEZ.).<br />

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO N.º 2008.50.50.001540-0/01<br />

EMBARGANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

EMBARGADO: VALDINEIA MARIA TINELLI<br />

RELATOR: JUIZ FEDERAL BRUNO DUTRA<br />

EMENTA<br />

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE<br />

COMPROVADA. CEGUEIRA. ALEGAÇÃO DE CONTRADIÇÃO. INCAPACIDADE ANTERIOR AO INGRESSO RGPS.<br />

AUSÊNCIA DE VÍCIOS NO JULGADO. PRETENSÃO DE REVISÃO DO MÉRITO RECURSAL. EMBARGOS REJEITADOS.<br />

ACÓRDÃO MANTIDO.<br />

Cuida-se de Embargos de Declaração opostos em face do acórdão proferido pela Turma Recursal às fls. 96/97, por<br />

intermédio dos quais o embargante aponta suposta con<strong>tr</strong>adição no julgado, aduzindo que as provas dos autos indicam que<br />

a doença incapacitante é preexistente ao ingr<strong>es</strong>so da parte autora no RGPS.<br />

Consabido é que a via dos embargos declaratórios não deve ser utilizada como meio de veiculação de mero inconformismo<br />

da parte diante da conclusão jurisdicional adotada, servindo como ins<strong>tr</strong>umento de rediscussão de matéria já debatida.<br />

Ademais, a con<strong>tr</strong>adição sanável pela via dos embargos de declaração somente se configura nas hipót<strong>es</strong><strong>es</strong> em que o<br />

decisum apr<strong>es</strong>enta, em seu interior, assertivas antinômicas, inconciliáveis en<strong>tr</strong>e si, capaz<strong>es</strong> de torná-lo incoerente ou de<br />

deixarem dúvidas acerca do posicionamento do julgador em relação a determinados pontos. Este, porém, não é o caso dos<br />

autos, na medida em que o embargante aponta, apenas, supostas con<strong>tr</strong>adiçõ<strong>es</strong> com as provas dos autos.<br />

Há que se r<strong>es</strong>saltar que o julgador é livre para formar o seu convencimento, d<strong>es</strong>de que haja fundamentação adequada.<br />

Conforme já afirmado, o inconformismo da parte vencida com a valoração conferida pelo magis<strong>tr</strong>ado às provas dos autos<br />

não é capaz de autorizar a oposição de embargos de declaração. Para tanto, deve a parte manejar o recurso adequado.<br />

Com efeito, o acórdão embargado d<strong>es</strong>tacou, coerentemente, os motivos que formaram o convencimento da Turma<br />

Recursal, não havendo que se falar con<strong>tr</strong>adição interna, senão vejamos:<br />

(...)<br />

4. Ao se analisar os documentos constant<strong>es</strong> dos autos, bem como as alegaçõ<strong>es</strong> da parte autora, verifica-se que ela possui<br />

uma moléstia rara. O laudo médico judicial de fls. 33/34 constatou que a recorrida é portadora de “a<strong>tr</strong>ofia óptica bilateral de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!