17.04.2013 Views

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

boletim tr/es 2012.195 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

do Idoso.<br />

5. Incidente de uniformização a que se nega provimento.(STJ, 3ª Seção, Pet. 7203/PE, Rel. Min. Maria Thereza de Assis<br />

Moura, j. em 10/08/2011).<br />

9. O art. 203, V, da Constituição <strong>Federal</strong> dispõe que cabe à lei definir os critérios para a conc<strong>es</strong>são do benefício assistencial<br />

de amparo à p<strong>es</strong>soa portadora de deficiência e ao idoso. Ao aplicar por analogia o art. 34, parágrafo único, do <strong>es</strong>tatuto do<br />

Idoso, a decisão judicial não <strong>es</strong>tá deixando de buscar na lei as dire<strong>tr</strong>iz<strong>es</strong> para identificação do beneficiário. Não se <strong>tr</strong>ata de<br />

aplicação de critério subjetivo, mas de método objetivo de integração de lacuna.<br />

10. D<strong>es</strong>se modo, atendo-se ao fato de que a única renda do grupo familiar decorria do valor de um salário mínimo mensal<br />

percebido pelo <strong>es</strong>poso da parte autora, a título de aposentadoria por idade, e que o m<strong>es</strong>mo possuía mais de 65 anos á<br />

época do requerimento adminis<strong>tr</strong>ativo (77 anos de idade – fl. 22), deve ser d<strong>es</strong>considerado o valor proveniente da<br />

aposentadoria, de modo que a renda familiar passará a ser nula, fato <strong>es</strong>te que a<strong>tr</strong>ai o deferimento do benefício assistencial<br />

pleiteado.<br />

11. Contudo, em consulta ao Sistema PLENUS, foi constado que a autora é titular do benefício de pensão morte d<strong>es</strong>de<br />

13/09/2012 (fls.76/77), fato que a impede de receber o benefício assistencial, ante a impossibilidade de cumulação do<br />

benefício de pr<strong>es</strong>tação continuada com qualquer ou<strong>tr</strong>o de natureza previdenciária.<br />

12. N<strong>es</strong>s<strong>es</strong> termos, considerando que autora havia requerido adminis<strong>tr</strong>ativamente o benefício de pr<strong>es</strong>tação continuada<br />

quase cinco anos ant<strong>es</strong> do início do benefício de pensão por morte de seu marido, e tendo r<strong>es</strong>tado comprovado nos autos o<br />

preenchimento dos requisitos autorizador<strong>es</strong> do benefício assistencial na época do requerimento adminis<strong>tr</strong>ativo, é devido à<br />

autora o recebimento das parcelas a<strong>tr</strong>asadas d<strong>es</strong>de o requerimento adminis<strong>tr</strong>ativo (05/12/2007 – fl. 08) até o início do<br />

recebimento do benefício de pensão por morte (14/09/2012 - fl. 77).<br />

12. Pelo exposto, faz jus a autora, ora recorrida, ao recebimento das parcelas vencidas a título de benefício assistencial<br />

previsto na Lei nº 8.742/93 d<strong>es</strong>de a data do requerimento adminis<strong>tr</strong>ativo (05/12/2007) até o início do recebimento do<br />

benefício de pensão por morte (14/09/2012).<br />

13. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.<br />

14. Condenação do recorrente vencido ao pagamento de honorários advocatícios ao recorrido, fixados em 10% (dez por<br />

cento) da condenação, nos termos do artigo 55, caput da Lei n. 9.099/1995 e artigo 20, § 3º, alíneas “a”, “b” e “c” c/c art. 21,<br />

parágrafo único, ambos do CPC.<br />

ACÓRDÃO<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, acordam os Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal<br />

dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO e,<br />

no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, na forma da ementa constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

BRUNO DUTRA<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

115 - 0001112-70.2009.4.02.5052/01 (2009.50.52.001112-0/01) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

(PROCDOR: ANDRE COUTINHO DA FONSECA FERNANDES GOMES.) x LEOZINO MANOEL DA SILVA (ADVOGADO:<br />

ADENILSON VIANA NERY.).<br />

RECURSO DE SENTENÇA N.º 0001112-70.2009.4.02.5052/01<br />

RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

RECORRIDO: LEOZINO MANOEL DA SILVA<br />

RELATOR: JUIZ FEDERAL BRUNO DUTRA<br />

EMENTA<br />

PREVIDENCIÁRIO – ASSISTÊNCIA SOCIAL – BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – ART. 20 DA LEI 8.742/93 –<br />

ESTATUTO DO IDOSO – APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 34, DA LEI 10.741/03 – POSSIBILIDADE –<br />

CONFIGURAÇÃO DO REQUISITO DE MISERABILIDADE – BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DEVIDO – ALTERAÇÃO DA DIB<br />

PARA A DATA DA JUNTADA DO RELATÓRIO SOCIAL AOS AUTOS (13/07/2010) – RECURSO PARCIALMENTE<br />

PROVIDO – SENTENÇA REFORMADA EM MÍNIMA PARTE.<br />

1. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré, ora recorrente, em face da sentença de fls. 95/97, que julgou<br />

procedente o pedido de conc<strong>es</strong>são do benefício assistencial previsto na Lei Nº 8.742/93 (LOAS) em favor da requerente<br />

idosa. Alega o INSS, em razõ<strong>es</strong> recursais, que, embora a parte autora seja p<strong>es</strong>soa idosa com mais de 65 (s<strong>es</strong>senta e<br />

cinco) anos de idade, o requisito sócio-financeiro não se encon<strong>tr</strong>a cumprido, eis que a pensão no valor de um salário

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!