VoxLim

PNA007 Impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida de préescolares
e suas famílias
Siqueira MB*, Gomes MNC, Pinto‐Sarmento TCA, Costa EMMB,
Martins CC, Granville‐Garcia AF, Paiva SM
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA.
E-mail: mbldsiqueira@yahoo.com.br
Cárie dentária, traumatismo dentário (TD) e má oclusão são condições comuns em préescolares
e podem ter consequências físicas e psicossociais. O objetivo do estudo foi avaliar o
impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB)
de pré-escolares e suas famílias. Um estudo transversal foi realizado com 843 pré-escolares
entre 3 e 5 anos de idade em Campina Grande, Brasil. Pais/responsáveis responderam o B-
ECOHIS e um questionário de dados sociodemográficos e percepção de saúde. O exame clínico
foi realizado por pesquisadores previamente calibrados (Kappa= 0.85-0.90). A regressão
hierárquica de Poisson seguiu uma abordagem em 3 níveis: (1) sociodemográfico, (2) percepção
de saúde e (3) condições de saúde bucal (α = 5%). A frequência de impacto negativo na QVRSB
foi de 32.1% entre as crianças e 26.2% entre as famílias. Ser filho primogênito (RP= 1.430;
IC95%: 1.045-1.958), percepção ruim dos pais sobre a saúde bucal dos filhos (RP= 1.732;
IC95%: 1.399-2.145), lesões cavitadas (RP= 2.596; IC95%: 1.982-3.400) e TDI (RP= 1.413;
IC95%: 1.161-1.718) foram associados com QVRSB das crianças. A percepção ruim dos pais
sobre a saúde bucal dos filhos (RP= 2.116; IC95%: 1.624-2.757), lesões cavitadas (RP= 2.809;
IC95%: 2.009-3.926) e tipo de TDI (RP= 2.448; IC95%: 1.288-4.653) foram associados com
a QVRSB da família.
Lesões cavitadas e TD causam impacto negativo na QVRSB de pré-escolares e famílias. Uma
pior percepção dos pais sobre a saúde bucal dos filhos e ordem de nascimento dos filhos são
preditores para um impacto na QVRSB. (Apoio: CNPq - 417-790.20011/7)
PNA008 Efeito residual na saúde bucal de crianças de um programa preventivo
longitudinal, dirigido a mães primíparas
Kobayashi TY*, Bretz WA, Silva SMB
Setor de Odontopediatria - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
E-mail: tatiykg@yahoo.com.br
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito residual clínico e microbiológico, na saúde bucal
de crianças, cujas mães participaram ou deixaram de participar de um programa preventivo
longitudinal, finalizado há sete anos. A amostra foi composta por 40 crianças, divididas
em grupo teste, cujas mães receberam substâncias ativas na prevenção de cárie, (GT, n=26);
placebo, cujas mães receberam substâncias placebo na prevenção de cárie, (GP, n=14) e
controle, cujas mães deixaram de participar ao longo do programa, (GC, n=9). As crianças
foram avaliadas com relação aos índices de cárie (OMS, 1997), contagem de estreptococos do
grupo mutans (EGM) em UFC/mL de saliva e, fatores indicadores de risco à cárie dentária
(FIRC). Foram feitas comparações intra e intergrupos dos dados coletados ao final do
programa preventivo e no controle após sete anos. As avaliações intergrupos realizadas após
sete anos, mostraram resultados significantes para: a contagem de EGM em UFC/mL de saliva,
sendo maior para o GC em relação ao GP e GT (Kruskall-Wallis, p= 0,014) e, para o FIRC
relativo ao motivo da consulta, com maior procura por tratamento preventivo para o GC (Quiquadrado,
p=0,04) e, maior procura por tratamento restaurador para o GP (Qui-quadrado,
p=0,01). As avaliações intragrupos realizadas entre a data base e após sete anos, mostrou
resultado significante para o ceo-s, que foi maior para o GP (ANOVA e Tukey, p=0,00).
Conclui-se pelos dados analisados que o programa foi capaz de manifestar alguns resultados
positivos na população diretamente envolvida, após 7 anos do seu término.
PNA009 Estudo da relação entre polimorfismo no gene do RUNX2 e impacção
de caninos
Rodrigues AAB*, Ramacciato JC, Motta RHL, Teixeira RG, Brito‐Junior RB,
Rodrigues LA
Cirurgia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC.
E-mail: aelciabr@uol.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre um polimorfismo no gene Runx2 e
caninos impactados. Para isso, após aprovação do comitê de ética (2010/0136), 60 indivíduos
leucodermas, de ambos os gêneros, foram divididos em 2 grupos: (G1) – 30 voluntários com
impacção de caninos (idade média 18 anos ± 2,7) e (G2) – 30 voluntários sem impacção
de caninos (idade média 22 anos ± 3,3). Utilizou-se radiografia panorâmica para essa
classificação. O DNA foi obtido a partir de células epiteliais por meio de bochecho com
solução de glicose a 3% seguido de extração com proteinase K e pela sequência fenol/
clorofórmio/álcool isoamílico. A análise do polimorfismo genético do Runx2 foi feita por meio
de PCR/RFLP e visualizada em gel de acrilamida a 10% corado por prata. Os resultados
obtidos foram avaliados pelo teste t pareado ou de Wilcoxon pareado, sendo considerado nível
de significância de 5%. Não houve diferença significante (p>0,05) entre a distribuição de alelos
e genótipos e a presença ou não de impacção de caninos.
Concluiu-se que o polimorfismo no gene RUNX2 não esteve associado à impacção de caninos,
na população estudada.
PNA010 Fatores de risco ao traumatismo na dentição decídua: estudo
longitudinal
Corrêa‐Faria P*, Ramos‐Jorge ML, Paiva SM, Pordeus IA
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS.
E-mail: patricia.faria08@yahoo.com.br
Traumatismo dentário (TDI) apresenta elevada prevalência em crianças e causa danos
estéticos, funcionais e psicossociais. Os objetivos deste estudo longitudinal prospectivo foram
identificar os fatores de risco ao TDI na dentição decídua e verificar a hipótese de que o TDI
prévio aumenta o risco de recorrência deste problema bucal. Foram realizados dois exames
bucais com intervalo de um ano. No primeiro exame, 261 crianças de 1 a 4 anos de idade
foram avaliadas para estimar a prevalência de TDI. No segundo exame, as crianças foram
distribuídas em dois grupos de acordo com a exposição. O grupo de expostos foi formado
por 91 crianças com TDI prévio e o grupo não exposto foi composto por 170 crianças sem
história de TDI. Os dados foram coletados através de exame clínico bucal e entrevista aos pais.
A análise estatística incluiu teste de McNemar e regressão de Poisson. Entre as 261 crianças,
194 foram reexaminadas. Novos episódios de TDI foram observados em 55.7% das crianças.
A incidência de TDI no grupo exposto foi de 64.6% e no grupo não exposto este valor foi de
51.2%. A maior incidência de TDI foi observada entre as crianças com TDI prévio (p