VoxLim

PNF232
Associação entre exposição aocrack e redução no fluxo salivar
Casarin M*, Sari AR, Zanatta FB, Antoniazzi RP, Feldens CA
Estomatologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA.
E-mail: maisa.66@hotmail.com
O crescente consumo docrack vem chamando a atenção pelos seus efeitos nocivos sistêmicos
e bucais. O objetivo do presente estudo foi comparar o fluxo salivar estimulado de indivíduos
expostos e não expostos ao crack. Um estudo transversal com 40 indivíduos expostos ao
crack e 40 controles pareados para sexo, idade e fumo foi realizado. Foram avaliados o
fluxo salivar estimulado (FSE), número de dentes cariados, obturados e perdidos (CPO-D) e
uma entrevista para coleta de informação sobre dados demográficos, xerostomia, consumo de
drogas e uso de medicações. Ambos os grupos eram compostos por 80% de indivíduos do
sexo masculino, 70% fumantes, 15% ex-fumante e 15% não fumantes com idade variando
de 14 a 46 anos. Os indivíduos expostos fizeram uso do crack em média por 4.6±3.72 e a
maioria havia utilizado anterior ou concomitantemente, outras drogas ilícitas como maconha
e cocaína. Uma significativa redução no fluxo salivar estimulado foi observada nos expostos
comparados aos não expostos (1.02 X 1.58ml/min). Após análise multivariada, indivíduos >
26 anos (OR 9.6 CI95% 1.7- 55.0), usuários de crack (OR 51.7 CI95% 5.04-529.9) e sujeitos
com CPOD > 6 (OR 8.81 CI95% 1.22-63.2) demonstraram associação significativa com um
quadro de hiposalivação.
Conclui-se que há uma associação entre uso decrack e redução no fluxo salivar. (Apoio:
FAPERGS (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - 1655 12-4)
PNF233 Aplicaçação ectópica de matriz óssea desmineralizada bovina
(GenoxOrg®) associada a extrato orgânico de nácar em ovelhas
Jesus RR*, Gulin‐Neto D, Crivellaro VR, Zielak MAC, Deliberador TM,
Giovanini AF, Casagrande TAC, Zielak JC
UNIVERSIDADE POSITIVO.
E-mail: rodrigorjs@hotmail.com
O objetivo do atual trabalho foi avaliar in vivo o enxerto ectópico de matriz óssea
desmineralizada bovina (MOD) associada a um extrato orgânico de nácar marinho (EOM).
Foram usadas oito ovelhas, avaliadas por 3 (n = 4) e por 6 (n = 4) meses, que receberam no
músculo da região lombar cinco tubos de polietileno (5 x 10 mm): tubo vazio denominado
sham (S) e preenchido apenas por sangue local; tubo com osso autógeno particulado (OA)
removido da mandíbula do animal; tubo com MOD; tubo com OA associado ao EOM; e tubo
com MOD associada ao EOM. O tecido formado dentro dos tubos foi removido e analisado. A
avaliação radiográfica revelou um alto grau de radiopacidade, que após avaliação histológica
foi atribuída à polimerização do metanal, composto do formol 10%, no qual as amostras
fora fixadas por 2 semanas a 4 ˚C. Macroscopicamente, o tecido removido do interior dos
tubos revelou que na presença de OA + EOM, MOD e MOD + EOM mantiveram-se volumes
teciduais semelhantes, e em dobro quando comparados à S e AO, após 6 meses. Após 3 meses,
histologicamente observou-se que as partículas de OA e MOD foram totalmente absorvidas.
Após 6 meses, concluiu-se que o volume de OA + EOM foi mantido por invaginação do tecido
muscular, sendo que MOD + EOM produziu aproximadamente 4 vezes mais matriz colagenosa
que esta amostra, e 2 vezes mais matriz colagenosa que em S, OA e MOD.
O uso da associação MOD e EOM não promoveu o aparecimento de tecido ósseo no músculo,
contudo influenciou favoravelmente a manutenção de volume de tecido colagenoso. (Apoio:
FINEP - 0986/08)
PNF234 Caracterização Das Alterações Teciduais em Dois Modelos de Indução
de Doença Periodontal Experimental em Camundongos
Mascarenhas VI*, Molon RS, Avila ED, Finoti LS, Spolidorio DMP,
Scarel‐Caminaga RM, Cirelli JA
Diagnóstico e Cirurgia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA.
E-mail: vinicius_ibiapina@hotmail.com
A periodontite é uma doença infecciosa caracterizada por um processo inflamatório crônico
do periodonto mediada e modulada pelo hospedeiro. Esta patologia resulta na destruição do
tecido conjuntivo gengival e dos tecidos de suporte dos dentes. De modo a avaliar tanto a
patogênese da doença periodontal quanto as diversas modalidades de tratamento, diferentes
modelos animais de periodontite experimental têm sido propostos e utilizados.O uso destes
modelos permite uma avaliação da doença de uma forma longitudinal. O objetivo deste
estudo foi caracterizar e avaliar comparativamente as alterações teciduais provocadas por dois
modelos de doença periodontal experimental em camundongos: ligadura e gavagem oral. Para
isto, foram utilizados 48 camundongos C57/BL6 wild type (WT), divididos em 4 grupos:
Grupo C - Controle negativo, Grupo L – Ligadura (indução da doença periodontal por meio
de ligaduras), Grupo G-Pg – Gavagem de Porphyromonas gingivalis (indução por meio de
inoculações de Pg) e Grupo G-PgFn – Gavagem de Porphyromonas gingivalis + Fusobacterium
nucleatum. Os animais foram sacrificados em dois períodos experimentais: 45 e 60 dias após o
início da indução da doença periodontal. Observou-se perda óssea alveolar significativa apenas
no grupo L, por meio de análise estereométrica e microtomografia computadorizada (μCT). A
colonização bacteriana nos grupos de gavagem foi confirmada por meio de PCR (Polymerase
Chain Reaction) em tempo real.
Concluímos que o modelo de ligadura foi efetivo em induzir a doença periodontal nos
parâmetros utilizados ao contrário da gavagem oral. (Apoio: CAPES)
PNF235 Identificação de sítios periodontais em progressão e marcadores
moleculares da atividade da doença
Borges CD*, Mariguela VC, Ricoldi MST, Pignaton TB, Vieira GHA,
Messora MR, Palioto DB, Taba‐Júnior M
Cirurgia Bucomaxilofacial e Periodontia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO.
E-mail: cdaborges@gmail.com
Periodontite é uma doença caracterizada pela inflamação dos tecidos de suporte dos dentes.
As citocinas associadas à defesa do hospedeiro têm sido identificadas através de métodos
moleculares. Este estudo se propôs a monitorar a atividade da doença periodontal e avaliar
potenciais biomarcadores moleculares relacionados à doença ativa em pacientes com
periodontite crônica, antes e após a terapia periodontal. 27 pacientes foram classificados:
grupo Controle (n=9) - saudáveis; grupo Doença Periodontal (n=18). A coleta de fluido
gengival foi feita no baseline, 15 e 60 dias após a terapia; a coleta de saliva foi feita no baseline
e 60 dias após a terapia e a coleta de tecido gengival apenas no baseline. A análise de expressão
gênica de VEGF, MMP-8, IL-10, RANK-L, OPG e TGF-β1 foi através da Reação em Cadeia
da Polimerase em Tempo Real. As análises de marcadores na saliva e fluido gengival foram
realizadas pelo imunoensaio Multiplex Cytokine Profiling, exceto para MMP-8 que foi feito
pelo ELISA. Os sítios com inflamação apresentaram maior expressão de RANK-L, OPG, IL-10
e TGF-β1 (p A atividade da doença em sítios periodontais após a terapia é um evento de baixa
ocorrência, mas apenas uma pequena fração dos sítios permaneceu com perda de inserção
progressiva mesmo após a terapia. Os biomarcadores utilizados neste estudo podem ser úteis
para detectar inflamação, mas não para identificar sítios ativos em progressão. (Apoio: FAPESP
- 2012/15265-7)
PNF236 Influência de diferentes doses de PTH sintético (1-34) sobre a reparação
de enxertos ósseos autógenos. Estudo em ratos
Santos RAB*, Mafra CES, Ferreira MS, Cesar‐Neto JB
Estomatologia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO.
E-mail: santosmed@hotmail.com
Foram utilizados 50 ratos Wistar machos adultos. Sob anestesia geral, o enxerto ośseo em
bloco foi removido da calvaŕia do animal, com o auxílio de uma trefina, e fixado próximo
ao ângulo da mandíbula, na cortical vestibular, através de um mini-implante de titânio.
Após o procedimento cirúrgico, os animais receberam, 3 vezes por semana, um dos seguintes
tratamentos: grupo 1: injeções do veículo aquoso (n=15); grupo 2: injeções subcutâneas
de 2 µg/kg de PTH sintético (1-34) (n=15); e grupo 3: injeções subcutâneas de 40 µg/kg
de PTH sintético (1-34) (n=15). Após 30 dias, os animais foram sacrificados, e as peças
processadas histologicamente. Os seguintes parâmetros histométricos foram avaliados nas
regiões adjacentes ao implante (500 µm): espessura total do conjunto leito+gap+enxerto (ET)
e espessura do enxerto (EE). Dentro dos limites das roscas dos implantes, foram avaliados:
contato direto com a superfície do implante (CD) e preenchimento ósseo (PO). Cinco animais
foram sacrificados imediatamente após a cirurgia (tempo zero), fornecendo referências iniciais
das dimensões do enxerto, gap e leito. A análise histométrica mostrou que o grupo 3
apresentou um ganho ósseo significantemente maior quando comparado aos grupos 1 e 2 (i.e.
segundo os parâmetros ET e EE, p0,05).
A administração sistêmica do PTH (1-34) potencializou o ganho ósseo conseguido com
enxertos ósseos autógenos, prevenindo a contração do enxerto. (Apoio: FAPs - FAPESP - 2010/
19814-0)
PNF237 Influência da laser terapia de baixa intensidade na reparação da área
palatina após remoção de enxerto de tecido conjuntivo em fumantes
Fonseca MVA*, Jurema ALB, Dias SBF, Jardini MAN, Santamaria MP
Diagnóstico e Cirugia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.
E-mail: marcus.fonseca@fosjc.unesp.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da laser terapia de baixa intensidade
(LILT) na recuperação da área doadora palatina após a técnica de enxerto de tecido conjuntivo
para recobrimento em indivíduos fumantes e comparar com indivíduos não fumantes. Para
tal, foram selecionados 20 pacientes com recessão gengival que foram alocados em um dos
seguintes grupos: Grupo 1 (Teste): Cirurgia para recobrimento radicular por meio de enxerto
de tecido conjuntivo e aplicação de LILT na área doadora em fumantes; Grupo 2 (Controle):
Cirurgia para recobrimento radicular por meio de enxerto de tecido conjuntivo e aplicação de
LILT na área doadora em não fumantes. Os parâmetros avaliados foram: Área remanescente
do defeito; Cicatriz e colorimetria tecidual; Espessura tecidual; Desconforto pós-operatório.
Os parâmetros foram avaliados 0, 7, 14, 45 e 60 dias após as cirurgias. Ambos os grupos
demonstraram bom fechamento da ferida, com média de área para o grupo teste e controle
respectivamente de 39,7±13,3mm e 51,4±19,5 no dia 7; 24,9±24,9 e 22,6±15,3mm no dia
14 e 12,5±7,2 e 9,387±6,7mm no dia 45, sem diferença estatisticamente significante entre os
grupos. Nos parâmetros de Cicatriz e colorimetria tecidual e Espessura tecidual também não
houve diferença entre os grupos (p>0,05).
Pode-se concluir que a aplicação de LILT na área paliativa após remoção de enxerto conjuntivo
pode reduzir o efeito negativo do cigarro sobre o tempo de reparo da ferida. (Apoio: FAPESP
- 2013/19648-0)
Braz Oral Res 2014;28(Suppl. 1):22-476 (Proceedings of the 31st SBPqO Annual Meeting) 471