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AO151 Proposta de metodologia de análise da organização dos serviços de<br />

atenção à saúde bucal na rede pública<br />

Volpato LER*, Borges AH, Vieira EMM, Porto AN, Aranha AMF, Guedes OA,<br />

Carvalhosa AA<br />

Odontopediatria - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ.<br />

E-mail: lemcvolpato@uol.com.br<br />

Este trabalho se propõe a apresentar uma proposta de metodologia de análise da organização<br />

dos serviços de atenção à saúde bucal na rede pública de saúde do Brasil. A partir de sugestões<br />

do Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso, formatou-se uma metodologia de<br />

análise da organização dos serviços municipais de saúde bucal utilizando os dados oficiais do<br />

Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, do Departamento de Atenção<br />

Básica do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde. A metodologia cobre<br />

os diferentes níveis de atenção à saúde bucal e estabelece pontuações de acordo com a<br />

organização do município em cada indicador. Utilizou-se como estudo de caso o estado de<br />

Mato Grosso para avaliação da metodologia. Foi possível identificar através do instrumento<br />

que a atenção à saúde bucal se apresenta de forma bastante heterogênea em Mato Grosso, com<br />

municípios com boa cobertura populacional de atenção primária e um sistema de referência<br />

para atenção secundária e municípios cuja organização se dá de forma incipiente. Notou-se<br />

que a atenção primária está mais organizada em relação à média complexidade, entretanto,<br />

ainda há muito a avançar.<br />

A metodologia proposta foi capaz de fornecer um panorama do nível de organização dos<br />

serviços de saúde bucal dos municípios de Mato Grosso, configurando uma opção de análise<br />

ágil, de baixo custo, fácil operacionalização e passível de ser reproduzida em outros estados.<br />

AO152 Limites de atuação da Cirurgia e Traumatologia BucoMaxiloFacial no<br />

Brasil: Revisão Sistemática<br />

Capelari MM*, Aznar FDC, Andrade FJP, Spin MD, Freitas AR,<br />

Lanfranchi GZ, Sales‐Peres SHC, Sales‐Peres A<br />

Saúde Coletiva - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU.<br />

E-mail: mmcapelari@terra.com.br<br />

A Cirurgia e Traumatologia BucoMaxiloFacial (CTBMF) é uma das 19 especialidades<br />

odontológicas e tem como objetivo o diagnóstico e o tratamento cirúrgico e coadjuvante das<br />

doenças, traumatismos, lesões e anomalias congênitas e adquiridas do aparelho mastigatório e<br />

anexos, e estruturas crânio-faciais associadas, atuando num campo limítrofe com a Medicina,<br />

portanto num limiar tênue entre o exercício legal e ilegal da Odontologia. Objetivou-se realizar<br />

uma revisão sistemática com intuito de identificar possíveis divergências de entendimento<br />

acerca dos aspectos legais, éticos, normativos e científicos que regulam, normatizam e<br />

embasam a especialidade, de maneira a dar sustentação legal para o exercício profissional<br />

do cirurgião-dentista e evitar possíveis imperícias, considerando controvérsias existentes. O<br />

método aplicado incluiu estratégias de busca nas bases PubMed, SciElo, IBECS e LILACS, e<br />

adotou 11 descritores para artigos publicados até abril de 2014, seguindo critérios de inclusão<br />

e exclusão. O predomínio de material relacionado à legislação vigente e escassez de literatura<br />

científica versando sobre o tema apontou o pioneirismo da investigação.<br />

Conclui-se que no Brasil a CTBMF encontra respaldo no âmbito legal para seu exercício,<br />

fundamentado em leis e normativas, e corroborado de forma pontual, ainda que pequena pela<br />

ciência, com lacunas de entendimento a serem melhor estabelecidas. É de suma importância a<br />

intensificação da produção científica nesta área, a fim de se explorar os limites de atuação e<br />

assegurar o pleno exercício da especialidade.<br />

AO153 Erosão Dental em Adolescentes com Sintomas de Transtornos<br />

Alimentares<br />

Lima RCA*, Vasconcelos FMN, Vasconcelos MMVB, Ximenes RCC,<br />

Sougey EB<br />

Neuropsiquiatria - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - FACULDADE DE<br />

ODONTOLOGIA.<br />

E-mail: rodrigolima02@hotmail.com<br />

A erosão dentária, representada pela perda de tecido mineralizado através do ataque químico<br />

e crônico da superfície dental, é o sinal clínico bucal mais comum dos transtornos da<br />

alimentação (TA). Estes são caracterizados por padrões anormais do comportamento<br />

alimentar, controle de peso e alterações na percepção do próprio corpo. O ato de vomitar<br />

e o jejum prolongado são práticas comuns desses pacientes e estão associadas à presença<br />

do desgaste. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar a frequência da erosão em<br />

adolescentes e sua relação com a presença de sintomas de TA. Foi um estudo transversal, com<br />

136 adolescentes de ambos os sexos, de 10 a 19 anos, matriculados numa escola pública. Os<br />

instrumentos utilizados foram: questionário biodemográfico; as versões para adolescentes do<br />

Teste de Atitudes Alimentares – EAT-26 e do Teste de Avaliação Bulímica de Edinburgh –<br />

BITE; e o Índice de Desgaste Dentário. O examinador foi calibrado, com realização do teste<br />

de Kappa (0,90). A estatística é representada pelos testes qui-quadrado de Pearson e exato de<br />

Fisher. Observou-se que 30,8% dos pesquisados apresentaram escore médio/elevado na escala<br />

BITE, 33% escore positivo para o EAT-26 e 74,3% apresentavam erosão. Houve associação<br />

estatisticamente significativa entre a presença de erosão com o sexo e idade.<br />

A erosão dental é fator importante para que o cirurgião-dentista investigue precocemente a<br />

presença de TA, encaminhando o paciente para um atendimento multidisciplinar. Esse desfecho<br />

o enaltece como o primeiro profissional de saúde a buscar o diagnóstico do quadro clínico,<br />

evitando o agravo do transtorno ou até mesmo seu aparecimento. (Apoio: FACEPE)<br />

AO154 Encaminhamento médico associa-se à realização do pré-natal<br />

odontológico<br />

Cortines AAO*, Moraes LS, Costa LRRS<br />

Hospital das Clínicas - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS.<br />

E-mail: andreacortines@gmail.com<br />

Gestantes, em geral, apresentam perspectivas inadequadas quanto à sua saúde bucal, mas há<br />

poucos estudos investigando práticas de saúde bucal em gestantes de risco. O objetivo deste<br />

trabalho foi verificar a realização do pré-natal odontológico por mulheres em gestação de<br />

risco e fatores associados. Realizou-se um estudo observacional com 51 mães de lactentes<br />

acompanhados pela equipe de odontologia no Ambulatório de Prematuridade do Hospital<br />

das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, que responderam a um questionário<br />

semiestruturado. Buscou-se informações sobre a realização de pré-natal odontológico,<br />

características socioeconômicas, sistêmicas e odontológicas. Os dados foram tabulados e<br />

analisados através da estatística descritiva, qui-quadrado e regressão logística no IBM SPSS<br />

v. 19. Apenas sete participantes (13,7%) fizeram pré-natal odontológico, o qual associou-se<br />

significativamente ao encaminhamento médico para o dentista (P=0,033). Fatores como dor de<br />

dente (P=0,414), educação formal (P=1,000), doença sistêmica (P=0,840) e idade gestacional<br />

(P=0,735) não se associaram à realização de pré-natal odontológico. Mães ecaminhadas pelo<br />

médico tiveram uma chance 5,9 (IC 95% 1,004 - 34,100) vezes maior de buscar o atendimento<br />

odontológico.<br />

Conclui-se que poucas gestantes de risco fizeram pré-natal odontológico, o qual associou-se ao<br />

encaminhamento médico para o dentista.<br />

AO155 Governança na Rede de Atenção à Saúde Bucal: análise em municípios<br />

catarinenses de grande porte<br />

Godoi H*, Ferreira‐de‐Mello ALS, Caetano JC<br />

Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA.<br />

E-mail: heloisagodoi@gmail.com<br />

A estruturação de Redes de Atenção à Saúde Bucal (RASB) precisa estar ancorada em sistemas<br />

de governança presentes em espaços decisórios que possibilitem a negociação, pactuação e<br />

geração de consensos que permitam articular todos os pontos de atenção à saúde. Objetivouse<br />

analisar os sistemas de governança utilizados para a estruturação da RASB em municípios<br />

catarinenses com mais de 100 mil habitantes, pela identificação de instrumentos e mecanismos<br />

para a gestão desta rede. Dados primários foram obtidos pela aplicação de questionário<br />

estruturado, entre os meses de janeiro e abril de 2012, aos gestores municipais de saúde bucal<br />

e dados secundários foram fornecidos pelas Secretarias Municipais e Estadual de Saúde, ambos<br />

analisados por meio de estatística descritiva. Em geral, os municípios estudados apresentam<br />

fragilidades no processo de governança na RASB. Foram identificados mecanismos para<br />

gestão e integração da RASB em planos municipais de saúde e em discussão em comissões<br />

intergestoras, as quais apresentam a cooperação de diversos participantes da rede. Entretanto,<br />

não costumam planejar suas ações a partir do diagnóstico das condições de saúde da<br />

população. Sem o levantamento dessas informações, há dificuldades para gerir, distribuir e<br />

organizar os serviços e os fluxos entre os diversos pontos.<br />

Há necessidade de qualificação dos sistemas de governança, para que gestores decidam pelas<br />

condutas mais coerentes para a resolução dos problemas de saúde bucal da população e para a<br />

adequada conformação das ações e serviços na RASB.<br />

AO156 Necessidade de revisão da regulamentação brasileira sobre dentifrícios<br />

fluoretados<br />

Caldarelli PG*, Tenuta LMA, Cury JA<br />

Dcf - Ciências Fisiológicas - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS.<br />

E-mail: pablocaldarelli@hotmail.com<br />

Dentifrício fluoretado é considerado além do meio mais racional de uso de fluoretos como<br />

um dos fatores responsáveis pelo declínio da cárie ocorrido no Brasil a partir da década<br />

de 90. Revisões sistemáticas da literatura concluem que para ter atividade anticárie um<br />

dentifrício deve apresentar uma concentração mínima de 1000 ppm de flúor, o qual por<br />

princípio deve estar solúvel. As normas brasileiras sobre dentifrícios fluoretados sofreram<br />

mudanças desde 1989, fazendo com que o potencial anticárie desses produtos não esteja<br />

sendo assegurado pela regulamentação vigente. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar<br />

uma análise sobre a necessidade de revisão da Resolução nº 79 de 28/08/2000 da Agência<br />

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), tendo em vista que parâmetros mínimos para que<br />

um dentifrício mantenha sua concentração de fluoreto com atividade anticárie (quimicamente<br />

solúvel) até seu prazo de validade não estão contemplados pela referida norma; essa apenas<br />

estabelece o máximo de fluoreto total (0,15%) que um dentifrício deve conter, podendo<br />

estar ele totalmente insolúvel (inativo contra cáries). Para isso, foi realizada uma busca na<br />

literatura sobre a concentração de flúor encontrada nos dentifrícios brasileiros e uma discussão<br />

justificando a necessidade de adequação da atual resolução da ANVISA.<br />

Concluiu-se que nem todos os dentifrícios brasileiros são capazes de manter até seu prazo<br />

de validade a concentração mínima de 1000 ppm F para terem potencial efeito anticárie,<br />

justificando a necessidade de revisão da regulamentação vigente.<br />

62 Braz Oral Res 2014;28(Suppl. 1):22-476 (Proceedings of the 31st SBPqO Annual Meeting)

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