Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM
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Aparec<strong>em</strong>, no corpus, com apenas uma citação, 55 autores, <strong>de</strong>ntre os<br />
quais <strong>de</strong>stacamos nomes <strong>de</strong> ampla circulação e reconhecimento, tais como:<br />
Beethoven, Drummond, G. Bachelard, Dewey, Octávio Paz, Pe. Vieira, Jung, Piaget,<br />
Paulo Freire, L<strong>em</strong>inski, Jorge Amado e outros.<br />
Uma outra análise da presença das citações no corpus po<strong>de</strong> ser realizada<br />
ao se consi<strong>de</strong>rar os autores citados nos dois livros. Nessa consi<strong>de</strong>ração,<br />
encontramos nove autores, conforme a tabela que segue:<br />
Tabela <strong>de</strong> autores citados nos dois livros que compõ<strong>em</strong> o<br />
corpus<br />
Livros:<br />
A alegria <strong>de</strong> ensinar e Conversas com qu<strong>em</strong> gosta <strong>de</strong> ensinar<br />
Seq. Citações Autor Citado Citações Livro<br />
1. 23 Nietzsche<br />
09<br />
14<br />
AE<br />
CGE<br />
2. 10 Wittgenstein<br />
01<br />
09<br />
AE<br />
CGE<br />
3. 06 Roland Barthes<br />
04<br />
02<br />
AE<br />
CGE<br />
4. 05 Hermann Hesse<br />
04<br />
01<br />
AE<br />
CGE<br />
5. 04 Fernando Pessoa<br />
03<br />
01<br />
AE<br />
CGE<br />
6. 03 Jorge Luís Borges<br />
01<br />
01<br />
CGE<br />
CGE<br />
7. 02 Clark Kerr<br />
01<br />
01<br />
AE<br />
CGE<br />
8. 02 Ditado/Mestres Zen<br />
01<br />
01<br />
AE<br />
CGE<br />
9. 02 Paul Goodmann<br />
01<br />
01<br />
AE<br />
CGE<br />
Constatamos, <strong>de</strong>sta forma, que A alegria <strong>de</strong> ensinar e Conversas com<br />
qu<strong>em</strong> gosta <strong>de</strong> ensinar são obras pontualmente construídas com a utilização da voz<br />
explícita do outro. Esse recurso <strong>de</strong> construção lingüística r<strong>em</strong>ete, numa primeira<br />
observação, ao estilo literário próprio <strong>de</strong> Rub<strong>em</strong> Alves, que usa as citações como<br />
ornamento 34 , diferenciando seus escritos, estilisticamente, <strong>de</strong> um “todo comum”,<br />
34 Segundo Compagnon, o ornamento é o que diferencia as coisas das palavras (res e verba) ou as<br />
idéias das expressão das palavras, sendo uma variação contra um fundo comum. Ver COMPAGNON,<br />
Antoine. O <strong>de</strong>mônio da teoria: literatura e senso comum. Tradução <strong>de</strong> Cleonice Paes Barreto<br />
Mourão e Consuelo Fortes Santiago. 2. reimp. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003, p. 167-168.<br />
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