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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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voltada à ação criativa, e, posteriormente, uma reflexão sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>sconstruir para se ter um novo ato criador.<br />

142<br />

Os pensamentos evocados são <strong>de</strong> Rosenstock-Huessy e <strong>de</strong> Nietzsche, e,<br />

<strong>em</strong> ambos os casos, gozam da a<strong>de</strong>são e concordância do autor; que, por meio dos<br />

modalizadores do discurso, busca também a a<strong>de</strong>são do interlocutor:<br />

E a gran<strong>de</strong> questão que é colocada à educação é a<br />

possibilida<strong>de</strong> que se lhe abre <strong>de</strong> invadir uma realida<strong>de</strong> dada<br />

com novos objetivos <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong>, capazes <strong>de</strong> fazer explodir a<br />

ação criativa. Concordo com Eugene Rosenstock-Huessy: “A<br />

regeneração da Linguag<strong>em</strong> seria um nome não ina<strong>de</strong>quado<br />

para o verda<strong>de</strong>iro processo <strong>de</strong> Revolução.“ (Eugene<br />

Rosenstock-Huessy, Out of revolution, New York, Four Wells,<br />

1964, p. 739) (CGE, p. 81)<br />

Concordo com o aforisma <strong>de</strong> Nietzsche: “Qu<strong>em</strong> quer que <strong>de</strong>va<br />

ser um criador t<strong>em</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir. Este, segundo entendo, é o<br />

nível da reflexão filosófica: a crítica dos fundamentos para<br />

tornar possíveis novos atos criadores“ (CGE, p. 101)<br />

Mantendo a mesma idéia <strong>de</strong> concordância entre o discurso citante e o<br />

discurso citado, Rub<strong>em</strong> Alves, por vezes, inverte a posição, passando <strong>de</strong><br />

concordante para concordado. Esse tipo <strong>de</strong> modalização do discurso citado é visto<br />

quando o autor, expressando-se como voz <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> e recorrendo a diversas<br />

vozes para referendá-lo, chama, explicitamente, a voz do outro como test<strong>em</strong>unha <strong>de</strong><br />

suas afirmações.<br />

Um caso típico do uso <strong>de</strong>ssa modalização do discurso do outro, aparece<br />

na crônica Sobre o riso. Ao <strong>de</strong>clarar que prefere o humor à serieda<strong>de</strong> acadêmica,<br />

Rub<strong>em</strong> Alves afirma não estar sozinho nesse seu pensamento, que sustenta o<br />

processo educacional na alegria, no riso, no humor, na felicida<strong>de</strong>, ou seja, <strong>em</strong> uma<br />

pedagogia espiritualista. Assim, conclama vozes <strong>de</strong> respeitabilida<strong>de</strong> inquestionável,<br />

como Nietzsche, Kolakowski e Octavio Paz, para sustentar seu pensamento, e<br />

afirma:

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