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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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Segundo afirma Gadotti (1993, p. 142-157), a Escola Nova representa o<br />

mais vigoroso movimento <strong>de</strong> renovação da educação, <strong>de</strong>pois da criação da escola<br />

pública burguesa. Mesmo consi<strong>de</strong>rando que a idéia <strong>de</strong> uma fundamentação do ato<br />

pedagógico na ação, na ativida<strong>de</strong> da criança, já vinha se formando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a “escola<br />

alegre“ <strong>de</strong> Vitorino <strong>de</strong> Feltre (1378-1446), passando pela pedagogia romântica e<br />

naturalista <strong>de</strong> Rousseau (1712-1778), somente no início do século XX, com a<br />

diss<strong>em</strong>inação do pensamento da Escola Nova, é que o ato pedagógico fundado na<br />

ação tomou sua forma concreta, e mostrou conseqüências significativas e<br />

substanciais diante dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> educação e do pensamento dos educadores.<br />

Na atualida<strong>de</strong>, por Escola Nova, enten<strong>de</strong>mos um conjunto <strong>de</strong> doutrinas e<br />

princípios que buscou rever os fundamentos da finalida<strong>de</strong> da educação, b<strong>em</strong> como<br />

as bases <strong>de</strong> aplicação da ciência à técnica educativa. E, consi<strong>de</strong>rando as finalida<strong>de</strong>s<br />

da educação formal, a Escola Nova (TEIXEIRA, 1976, p. 162-165) enten<strong>de</strong> que a<br />

escola <strong>de</strong>ve ser órgão <strong>de</strong> reforçamento e coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> toda a ação educativa da<br />

comunida<strong>de</strong>, admitindo mais geralmente as bases do neovitalismo e do neo-<br />

espiritualismo, que as do mecanicismo <strong>em</strong>pírico, pondo como condição ao processo<br />

educacional a socialização da criança.<br />

Por assim ser, o Escolanovismo 29 propõe novos meios <strong>de</strong> aplicação<br />

científica, buscando a transformação da organização estática dos estabelecimentos<br />

<strong>de</strong> ensino <strong>em</strong> uma dinâmica <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>, que engloba experimentos,<br />

espontaneida<strong>de</strong>, trabalho individual investigativo e coletivo organizacional, enfim,<br />

uma educação integral --- intelectual, moral e física ---, ativa, prática e autônoma,<br />

firmando suas bases na aprendizag<strong>em</strong> pela ação e autonomia.<br />

Nesse pensamento <strong>de</strong> uma escola dinâmica, autônoma e ativa, no Brasil,<br />

várias correntes <strong>de</strong>senvolveram-se sob o nome genérico <strong>de</strong> Escola Nova, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os<br />

anos 20, esten<strong>de</strong>ndo-se por todo o século passado, com tendências <strong>de</strong> esquerda e<br />

<strong>de</strong> direita. Po<strong>de</strong>mos ver que, na segunda meta<strong>de</strong> do século <strong>em</strong> questão, anos 60-<br />

80, o Escolanovismo encontra-se na mais intensa ebulição nos meios educacionais<br />

brasileiros, congregando diversas correntes pedagógicas 30 , tais como:<br />

29 Ver as características gerais da Escola Nova, aprovadas <strong>em</strong> 1919, <strong>em</strong> reunião realizada <strong>em</strong> Calais,<br />

pelo Bureau International <strong>de</strong>s Écoles Nouvelles, in LOURENÇO FILHO, Manuel Bergström.<br />

Introdução ao estudo da Escola Nova: bases, sist<strong>em</strong>as e diretrizes da pedagogia cont<strong>em</strong>porânea. 12.<br />

ed. São Paulo: Melhoramentos; Rio <strong>de</strong> Janeiro: Fundação Nacional <strong>de</strong> Material Escolar, 1978.<br />

30 Sobre essas correntes da Escola Nova, ver GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. História da educação.<br />

2. ed. rev. São Paulo: Cortez, 1994. p. 195-208.<br />

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