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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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Na crônica Sobre r<strong>em</strong>adores e professores, encontramos um<br />

chamamento ao leitor, para que este se l<strong>em</strong>bre <strong>de</strong> Kant, releia Piaget e, por fim,<br />

examine uma obra <strong>de</strong> Berger e Luckmann. Esse fato nos leva a <strong>de</strong>duzir que o autor<br />

acredita que seu leitor é também leitor <strong>de</strong> Kant e Piaget, e está disposto a ler a obra<br />

A Construção Social da Realida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Berger e Luckmann. Vozes <strong>de</strong> quatro<br />

autorida<strong>de</strong>s são evocadas para confirmar ao leitor que “o mundo é construído pelos<br />

sujeitos que nele habitam“. Dessa forma, uma profusão <strong>de</strong> vozes é usada para<br />

referendar uma afirmativa que já pertence ao senso comum.<br />

Tal sugestão consi<strong>de</strong>ra que o leitor já <strong>de</strong>va ter conhecimento e apreensão<br />

do pensamento kantiano e piagetiano, passando, igualmente, a idéia <strong>de</strong> que a obra<br />

A Construção Social da Realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Berger e Luckmann é recorrente ao acervo<br />

dos seus leitores.<br />

O mundo, como universo organizado, não é um fato <strong>em</strong>pírico<br />

como pedras, ca<strong>de</strong>iras e sapatos. Trata-se <strong>de</strong> uma construção<br />

<strong>em</strong>preendida pelo sujeito. Não nos compete discutir esta<br />

questão aqui. Sugiro, para maiores <strong>de</strong>talhes, que o leitor se<br />

l<strong>em</strong>bre <strong>de</strong> Kant, releia Piaget ou examine a obra <strong>de</strong> Berger e<br />

Luckmann, A Construção Social da Realida<strong>de</strong>. (CGE, p. 99)<br />

[grifo nosso]<br />

Encontramos ainda, na crônica Qualida<strong>de</strong> total <strong>em</strong> educação, uma<br />

referência <strong>em</strong> que o autor dilui pensamentos <strong>de</strong> Barthes e Borges, recorrendo<br />

também a Hegel para referendar a afirmativa <strong>de</strong> que <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os fazer tudo com paixão<br />

e amor, buscando naquilo que faz<strong>em</strong>os a felicida<strong>de</strong>, antes que seja tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais.<br />

Nesse caso, também há uma carga s<strong>em</strong>ântica significativa <strong>em</strong> alguns<br />

verbos, indicando a busca <strong>de</strong> uma a<strong>de</strong>são do leitor às palavras ditas. Barthes e<br />

Borges são postos como conselheiros, pois sendo intelectuais reconhecidos<br />

mundialmente, por certo po<strong>de</strong>m nos aconselhar. A Hegel é atribuída uma<br />

observação final sobre o dito, encerrando a idéia <strong>de</strong> que só nos damos conta <strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong>os <strong>de</strong>sfrutar, a todo o momento, das coisas boas da vida quando já somos<br />

velhos.<br />

Firmada na reflexão sobre uma educação voltada à felicida<strong>de</strong> e ao prazer<br />

diante do processo ensino-aprendizag<strong>em</strong>, a síntese da filosofia pedagógica <strong>de</strong><br />

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