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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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significados o signo e, <strong>de</strong> acordo com o contexto <strong>de</strong> sua utilização, assume este ou<br />

aquele valor, visto que as relações do dizer com as coisas nunca se dão <strong>de</strong> forma<br />

direta, mas por intermédio <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> significação, sendo a orientação dialógica<br />

um fenômeno concernente a todo discurso.<br />

Nesse processo <strong>de</strong> produção discursiva, as vozes sociais, que estão<br />

incutidas no locutor, são constitutivas do discurso, evi<strong>de</strong>nciando as axiologias e<br />

dando significado aos enunciados. Esse processo reflete o contexto sócio-histórico<br />

da produção discursiva, sendo necessário consi<strong>de</strong>rar toda refração que o uso do<br />

signo evoca, <strong>de</strong> acordo com os confrontos <strong>de</strong> valores e interesses sociais existentes<br />

na atmosfera multidiscursiva que compõe o plurilingüismo.<br />

Mesmo não sendo o nosso foco principal, consi<strong>de</strong>ramos pertinente, neste<br />

trabalho, i<strong>de</strong>ntificar algumas vozes que constitu<strong>em</strong> o discurso <strong>de</strong> Rub<strong>em</strong> Alves, visto<br />

ser este um aspecto que também evi<strong>de</strong>ncia a presença do outro na sua construção<br />

discursiva.<br />

4.1.1. O <strong>em</strong>anar <strong>de</strong> vozes sociais<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento da linguag<strong>em</strong> está voltado, historicamente, ao<br />

processo <strong>de</strong> interação entre os seres humanos e as relações lingüísticas são<br />

responsáveis pela constituição <strong>de</strong> uma língua como organismo vivo e dinâmico.<br />

Nesse contexto, as vozes sociais <strong>de</strong>spontam como o principal fator para se “ver” e<br />

se “dizer” o mundo, po<strong>de</strong>ndo tais vozes sociais ser reconhecidas, conforme o<br />

contexto sócio-histórico a que estão filiadas.<br />

No corpus que <strong>de</strong>finimos para análise são visíveis diversas vozes sociais,<br />

<strong>de</strong>monstrando a presença da heterogeneida<strong>de</strong> da linguag<strong>em</strong>. Dentre essas vozes<br />

sociais, algumas são mais enfáticas e repetitivas, como o pensamento marxista e o<br />

escolanovista, no entanto, outras vozes também são comumente i<strong>de</strong>ntificadas,<br />

evocando as principais axiologias <strong>de</strong> Rub<strong>em</strong> Alves.<br />

A presença do pensamento marxista, voltado a uma crítica da ação da<br />

escola, a qual é posta como instrumento <strong>de</strong> dominação social, aparece nos dois<br />

livros analisados.<br />

Ao recorrer às vozes do marxismo, Rub<strong>em</strong> Alves o faz, <strong>em</strong> diversas<br />

ocasiões, s<strong>em</strong> referência explícita às fontes, aparentando colocar-se como fonte do<br />

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