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Dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM

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conhecimento anda com pernas mancas. Esperam, como<br />

se foss<strong>em</strong> aranhas...“ (Friedrich Nietzsche, Thus Spoke<br />

Zaratrusta, <strong>em</strong> Valter Kaufmann, The Portable Nietzsche,<br />

N. York, Vikings, p. 237) (CGE, p. 28-29)<br />

133<br />

Ainda nesse mesmo texto e na mesma intenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>svelar, informar<br />

algo novo e surpreen<strong>de</strong>nte, o autor faz uma referência a Marx, usando a palavra<br />

<strong>de</strong>locutiva “revelador“, intensificado pelo advérbio “muito“, numa indicação <strong>de</strong> que<br />

está fazendo uma revelação muito importante e significativa.<br />

É muito revelador que Marx, para <strong>de</strong>struir os hegelianos <strong>de</strong><br />

esquerda, que acreditavam que também as palavras entram na<br />

argamassa com que a socieda<strong>de</strong> é construída, o tivesse feito<br />

justamente com o auxílio <strong>de</strong> palavras: A I<strong>de</strong>ologia Al<strong>em</strong>ã.<br />

(CGE, p. 31)<br />

E, por último, ainda na mesma crônica, numa citação <strong>de</strong> Carlos<br />

Castañeda, tratando da idéia <strong>de</strong> que a palavra é imposta à criança com vistas a<br />

domesticá-la, aparece o verbo “<strong>de</strong>scobrir“, com a acepção <strong>de</strong> tirar a cobertura, o véu<br />

e <strong>de</strong>ixar algo à vista, revelando algo novo e ainda ignorado, como se a informação<br />

<strong>de</strong> que na criança repousa um conhecimento puro e primaz fosse totalmente<br />

<strong>de</strong>sconhecida e somente agora, ao leitor, revelada.<br />

E ali <strong>de</strong>scobrimos que “cada pessoa que entra <strong>em</strong> contato com<br />

a criança é um professor que incessant<strong>em</strong>ente lhe <strong>de</strong>screve o<br />

mundo, até o momento <strong>em</strong> que a criança é capaz <strong>de</strong> perceber<br />

o mundo tal como foi <strong>de</strong>scrito“ (Carlos Castañeda, Journey to<br />

Ixtlan, New York, Simon e Schuster, 1972, p. 8) (CGE, p. 33)<br />

Nos textos Sobre o riso e O sapo, Rub<strong>em</strong> Alves usa o verbo <strong>de</strong>locutivo<br />

“confessar“ como introdutório da fala do outro. No primeiro caso, referindo-se ao<br />

menino, personag<strong>em</strong> da história As roupas novas do rei, o autor afirma que o locutor<br />

citado rompeu publicamente “com aqueles que pensavam que a verda<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>

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