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INTRODUÇÃO Faremos um estudo sobre os debates acerca ... - UFF

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jurista justifica essa atitude em <strong>um</strong> determinado momento de sua fala, quando explica a<strong>os</strong> seus<br />

ouvintes que <strong>estudo</strong>u e lecionou n<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> Unid<strong>os</strong>. Ademais, o professor demonstra ter<br />

grande conhecimento <strong>acerca</strong> das doutrinas e juristas da Europa e da América do Norte. Isso<br />

compatível com o seu passado de <strong>estudo</strong> no exterior. Ademais, ainda que tivesse realizado<br />

toda sua trajetória acadêmica no Brasil, teria que ter necessariamente contato com teorias<br />

européias e norte-americanas, tendo em vista que, ainda hoje, servem de base para <strong>os</strong><br />

estudi<strong>os</strong><strong>os</strong> da área de Teoria do Estado, Teoria da Constituição e Direito Constitucional.<br />

Um outro ponto que chama a atenção no discurso do jurista é sua constante referência<br />

ao passado recente do País. Conforme vim<strong>os</strong>, a Assembléia Nacional Constituinte foi<br />

instalada em <strong>um</strong> contexto remoção do “entulho autoritário”. A própria convocação da<br />

Assembléia fazia parte de <strong>um</strong> projeto maior de “abertura democrática” ou de “transição<br />

política”. Assim sendo, existia <strong>um</strong> grande anseio por parte da população brasileira para que a<br />

nova Carta constitucional f<strong>os</strong>se capaz de restaurar a democracia no País. Nesta conjuntura,<br />

justifica-se a preocupação do professor em defender <strong>os</strong> seus arg<strong>um</strong>ent<strong>os</strong> por meio de <strong>um</strong>a<br />

crítica ao período ditatorial do qual o Brasil havia recém saído.<br />

Não pretendem<strong>os</strong> aqui, a partir do discurso de Siqueira Castro, enquadrá-lo em alg<strong>um</strong><br />

grupo – “esquerda”, “direita”, “liberal”, “socialista”, “social-democrata” – tendo em vista que<br />

as informações recolhidas em sua explanação, bem como em sua biografia, não n<strong>os</strong> permitem<br />

chegar a qualquer conclusão <strong>sobre</strong> isso. Embora o professor utilize divers<strong>os</strong> conceit<strong>os</strong> liberais<br />

– Revolução Francesa, direit<strong>os</strong> e garantias fundamentais do homem e do cidadão – não<br />

podem<strong>os</strong> taxá-lo de liberal por esse motivo, tendo em vista que o seu objetivo parece ser o de<br />

permanecer mais no âmbito teórico-acadêmico, o que explica a utilização de conceit<strong>os</strong><br />

elaborad<strong>os</strong> na teoria constitucional moderna em seu discurso.<br />

Contudo, podem<strong>os</strong> verificar que, em sua defesa do direito de resistência, o jurista não<br />

procura especificar de que forma esse direito poderia ser exercido, nem as suas implicações.<br />

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