INTRODUÇÃO Faremos um estudo sobre os debates acerca ... - UFF

3. O DIREITO DE RESISTÊNCIA NA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTI-
TUINTE DE 1987/1988
O presente tópico será subdividido em duas partes. Na primeira, iremos fazer uma
biografia daqueles que se manifestaram acerca do direito de resistência na Assembléia
Nacional Constituinte de 1987/1988.
Na segunda parte, verificaremos – utilizando como documentação os diários da
Assembléia Nacional Constituinte – o teor dos discursos sobre o direito de resistência.
3.1.OS EMISSORES DO DISCURSO
Todo mundo fala em Constituinte. Não é possível que
todo mundo esteja falando a mesma linguagem,
numa sociedade dividida, onde alguns estocam terra
e outros não têm um pedaço de chão onde reclinar a
cabeça, onde poucos vivem num eterno oba-oba e
multidões, nas encostas dos morros, não têm a
tranqüilidade, nem do sono noturno, e podem ser
soterradas pelo rolar de uma pedra. Evidentemente,
grupos tão antagônicos, se acaso falam as mesmas
palavras, dão a elas significados diferentes, por
motivos diferentes e com objetivos diferentes.
(João Baptista Herkenhof)
Durante os debates da Assembléia Nacional Constituinte, a questão do direito de
resistência foi colocada em discussão. Inicialmente, o referido direito apareceu no Projeto de
Constituição apresentado pela Bancada do Partido dos Trabalhadores, em 06 de maio de
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