INTRODUÇÃO Faremos um estudo sobre os debates acerca ... - UFF

não proprietários, ocupam posição de mando relativamente elevada”, como diretores e
gerentes. Foram incluídos neste grupo: industriais, banqueiros, comerciantes, consultores de
empresas privadas, fazendeiros, pecuaristas etc., “independentemente do montante do capital
ou das dimensões do empreendimento ou da propriedade”. O autor ressalta que embora não
se tenham obtido informações mais precisas sobre este último aspecto, os dados disponíveis
indicam que o grupo abrange, principalmente, médios e grandes proprietários ou executivos
de alto nível.
No interior do grupo dos “empresários”, encontramos a seguinte proporção em relação
ao total de deputados entrevistados: 21% dos entrevistados são empresários urbanos, 9% são
empresários rurais e 2% são empresários com atividade diversificada ou não identificada.
Em termos partidários, Leôncio Martins Rodrigues (1987) constata que a presença de
“empresários” diminui quando se passa dos partidos de direita para os partidos de esquerda.
No PDS, 58% dos parlamentares fazem parte deste grupo. No PFL, 36%. No PMDB também
há uma representação do grupo da “burguesia” relativamente importante: 29%.
Os empresários, como vimos, têm forte presença no PDS, onde mais da metade dos
seus representantes na Câmara dos Deputados são industriais, comerciantes, fazendeiros ou
pecuaristas. Porém, a maior proporção de empresários está no PL/PDC: 64% dos seus
deputados. A minúscula bancada do PDC é composta, em sua maioria, por empresários do
setor rural. (RODRIGUES, 1987)
Leôncio Martins Rodrigues (1987), estudando as “tendências políticas e ideologias”
dos deputados, investigou como estes se auto-definem politicamente. O resultado foi o
seguinte: “Direita radical” (nenhum deputado), “Direita moderada ou centro-direita” (6%),
“Centro” (37%), “Esquerda moderada ou centro-esquerda” (52%) e “Esquerda radical” (5%).
No total, 428 deputados responderam a esta questão. Ressalte-se que se trata de uma auto-
definicão política.
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