INTRODUÇÃO Faremos um estudo sobre os debates acerca ... - UFF
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texto alcançou expressiva maioria, confirmando o trabalho do primeiro turno. O Projeto B foi<br />
aprovado por 403 vot<strong>os</strong> contra 13 e 55 abstenções.<br />
A conjuntura social e econômica – bem como a proximidade das eleições municipais,<br />
com candidat<strong>os</strong> já em campanhas – contribuiu para a percepção de que <strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> da<br />
Assembléia Nacional Constituinte deveriam ser acelerad<strong>os</strong> e finalizad<strong>os</strong>.<br />
Continuaram as divergências, <strong>os</strong> <strong>debates</strong> e as negociações. Todavia, o texto não sofreu<br />
muitas alterações de princípi<strong>os</strong> no segundo turno de votações. Foram feit<strong>os</strong>, contudo, divers<strong>os</strong><br />
ajustes e mudanças na redação d<strong>os</strong> disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong>, ocasionando repercussões no seu significado<br />
e aplicação. A conclusão do segundo turno se deu na madrugada do dia 2 de setembro, após<br />
38 sessões e 288 votações.<br />
Restava ainda a preparação da última versão, a ser ratificada pelo plenário. A Reforma<br />
Regimental – Resolução nº 3, de janeiro de 1988 – transferiu essa tarefa a <strong>um</strong>a Comissão de<br />
Redação, nomeada pelo Presidente. E novamente aparecem divergências em relação à<br />
comp<strong>os</strong>ição desta Comissão.<br />
O relator Bernardo Cabral preparou <strong>um</strong> texto para ser submetido à Comissão.<br />
Admitidas emendas de redação por parte de qualquer constituinte, 833 delas foram<br />
apresentadas. A redação final foi submetida a <strong>um</strong>a última e rápida votação em plenário, com<br />
quatro observações levantadas e aceitas.<br />
Em 22 de setembro de 1988, o plenário da Assembléia Nacional Constituinte, na<br />
1.021ª votação, aprovou, por 474 vot<strong>os</strong> contra 15 – tod<strong>os</strong> de constituintes do PT 60 – e seis<br />
abstenções, o Projeto de Constituição-D.<br />
A Constituição foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988, em sessão solene.<br />
Prestaram juramento <strong>os</strong> deputad<strong>os</strong> e senadores, o Presidente da República J<strong>os</strong>é Sarney e o<br />
Presidente do STF, Rafael Mayer. A sessão contou ainda com a participação das maiores<br />
60 João Paulo Pires de Vasconcel<strong>os</strong> (PT-MG) foi o único parlamentar do PT que votou a favor do Projeto de<br />
Constituição-D, contrariando a deliberação do Diretório Nacional do Partido, que decidira votar contra o texto<br />
final.<br />
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