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Projeto Básico Ambiental - Philip M. Fearnside - Inpa

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MADEIRA ENERGIA S.A – MESAPorto Velho. Para alguns exames ou consultas especializadas o tempo de espera pode chegara um ano.Da mesma forma, a assistência hospitalar é considerada crítica, uma vez que a capacidadeinstalada encontra-se praticamente comprometida apenas com a população residente emPorto Velho. O Hospital de Base Ari Pinheiro, referência no atendimento em nível terciário demédia e alta complexidade para todo o estado de Rondônia e para o sudoeste da AmazôniaLegal, prestou 87% dos atendimentos aos moradores da capital em 2006. Por sua vez, oHospital de Pronto-Socorro João Paulo II, que deveria atender os municípios que compõem asua região de referência, consumiu 85% de sua capacidade somente com os pacientesresidentes em Porto Velho.Ainda em consonância com as diretrizes do EIA/RIMA, será necessário monitorar as doençase agravos selecionados em função dos presumíveis riscos a saúde, aos quais estarãoexpostos os trabalhadores nas atividades de engenharia civil e das modificações sócioambientaisque afetarão os grupos populacionais no entorno dos canteiros de obras. Afinalidade desse monitoramento é apontar as medidas de ação imediata e as de cunhoestratégico que orientarão os planos de saúde na área de influência do empreendimento.Estudos realizados pelos pesquisadores do Centro de Pesquisa do Amazonas (CEPEM) e doInstituto de Pesquisa em Patologias Tropicais (IPEPATRO) encontraram altas prevalências dedoenças infecciosas, tais como malária, enteroparasitoses, hepatites B e C entre moradoresribeirinhos do rio Madeira, compreendida entre as localidades da cachoeira do Santo Antônio eo distrito de Abunã.Documentos da secretaria municipal de Saúde apontam que Porto Velho é um dos onzemunicípios de Rondônia considerados de alto risco para malária, sendo que a área doaproveitamento hidrelétrico está entre aquelas de maior ocorrência de casos da doença. Noperíodo 2001 a 2006 foram confirmados 97 casos ocorridos em residentes no município, commédia anual de 16,2 casos. Estudos do ministério da Saúde atribuem ao processo migratório eao crescimento desordenado da capital do Estado o crescente número de casos da doença. Oestado de Rondônia ainda é considerado como área de alto risco de transmissão da doença,com Índice Parasitário Anual (IPA) maior do que 50 casos por 1.000 habitantes. É grande otemor entre os profissionais de saúde e pesquisadores que atuam em Porto Velho de que aatração populacional do empreendimento possa causar surto epidêmico de malária na área deinfluência direta.Outras doenças de transmissão vetorial como a doença de Chagas e a leishmaniose estãopresentes na região como atestam os dados de mortalidade por doenças infecciosas em PortoVelho e Rondônia. Os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)relataram que as modificações ambientais relacionadas com as atividades de construção dahidrelétrica causarão deslocamentos de animais silvestres hospedeiros naturais dos ciclos detransmissão da leishmaniose, possibilitando que os vetores da doença realizem o repastosanguíneo em humanos. Embora haja o registro de apenas um caso agudo de doença deChagas humana, transmitido por vetor em Porto Murtinho, zona rural de São Francisco doGuaporé, os pesquisadores do INPA recomendam que seja feito o monitoramento contínuodos vetores dessas doenças, uma vez que as modificações ambientais podem levá-los a seadaptarem as novas fontes de alimentos em áreas peri e intradomiciliares.A dengue merece atenção, como demonstram os dados de internação hospitalar, sendoressaltado pelo INPA o elevado registro da presença do Aedes aegypti em Porto Velho, alémda sua ocorrência em Jaci-Paraná. O Instituto alerta que a presença do empreendimento naárea poderá elevar o risco de ocorrência da febre amarela urbana, sendo necessário realizarum rigoroso monitoramento do vetor e da doença.PBA - AHE Santo Antônio - Programa de Saúde Pública13/02/2008 2

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