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Projeto Básico Ambiental - Philip M. Fearnside - Inpa

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MADEIRA ENERGIA S.A – MESAO grande fluxo migratório da Região Amazônica para outros estados brasileiros, com potencialmalarígeno, tem levado, nos últimos anos, ao surgimento de surtos de malária, como registradorecentemente no Paraná, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Ceará, MinasGerais e Bahia. A transmissão da malária tem como principais fatores condicionantes edeterminantes questões relacionadas à população suceptível, ao agente etiológico, ao vetor, alémdas condições ecológicas, geográficas, econômicas, sociais e culturais.1.1. Vetores da malária no BrasilAtualmente são registradas 57 espécies de Anopheles, pertencendo a cinco subgêneros –Anopheles Meigen; Nyssorhynchus Blanchard; Stethomyia Theobald; Kerteszia Theobald;Lophopodomyia Antunes. No Brasil as espécies reportadas como vetoras de malária pertence aossubgêneros Nyssorhynchus e Kerteszia (DEANE, 1986; CONSOLI & LOURENÇO-DE-OLIVEIRA,1994).Na Amazônia as espécies Anopeheles darlingi Root, Anopheles albitarsis Lynch Arribálzaga,Anopheles nuneztovari Galbadón e Anopheles oswaldoi Peryassú, são espécies de ampladistribuição, enquanto que as espécies Anopheles apicimacula Dyar e Knab; Anophelessquamifemur Antunes; Anopheles rondoni, Neiva e Pinto e Anopheles nimbus Theobald,apresentam sua distribuição mais restrita (TADEI et al., 1993; 1998).As principais espécies do subgênero Nyssorhynchus, envolvidas na transmissão da malária sãoA. darlingi, Anopheles aquasalis Curry; A. albitarsis (incluindo Anopheles marajoara Galvão eAmaral; Anopheles deaneorum Rosa-Freitas); A. oswaldoi; A. nuneztovari e A. triannulatus Noentanto, com o desenvolvimento dos testes de imunoenzimático ELISA, radioimunoensaio IRMA,com anticorpos monoclonais e com teste de infecção experimental, o número das espécies deAnopheles detectadas com Plasmodium na Amazônia Brasileira aumentou, sendo listadas 14espécies de anofelinos infectadas com Plasmodium sp. – A. darlingi; A. nuneztovari; Anophelesgalvaoi Causey, Deane e Deane; A. deaneorum, A. triannulatus, A. braziliensis Chagas; A.oswaldoi, Anopheles mediopunctatus Lutz; A. aquasalis, A. albitarsis s.l., A. marajoara, Anophelesmattogrossensis Lutz e Neiva; Anopheles peryassui Dyar e Knab e Anopheles strodei Root.Conforme a região considerada estas espécies mostram diferentes graus de infecção pelo P.vivax e P. falciparum (DEANE, 1986; TADEI et al., 1988; LOURENÇO-DE-OLIVEIRA et al., 1989;TADEI & DUTARY-THATCHER, 2000).1.2. Alteração na dinâmica da população de vetoresO conhecimento da distribuição e incidência das espécies de Anopheles em regiões naturais e emáreas sob impacto ambiental é de fundamental importância no controle da malária. A doença,primeira endemia a surgir em áreas de alteração, decorre principalmente, dos seguintesparâmetros: (1) de distribuição do(s) vetor (es) nas áreas alteradas e (2) da susceptibilidade daspopulações de imigrantes. Estas últimas mostram esta característica porque procedem de regiõesonde a malaria nunca ocorreu, ou se existiu, foi erradicada (TADEI et al., 1988).Ocupando uma área total de dimensões continentais e providos de privilegiada bacia hidrográfica,o Brasil desenvolve tecnologias e mão-de-obra altamente especializadas na construção de usinashidrelétricas. Porém, se por um lado suprem as necessidades energéticas do país, essas obrassão responsáveis pela proliferação de doenças transmitidas, em sua grande maioria, porPBA - AHE Santo Antônio - Programa de Saúde Pública – Anexo 01 – Monitoramento Malária13/02/2008 3/15

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