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Projeto Básico Ambiental - Philip M. Fearnside - Inpa

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MADEIRA ENERGIA S.A – MESATodos os animais selecionados para soltura deverão ser reconhecidos individualmente pormeio de uma marcação permanente (p.ex., brincos, anilhas metálicas, tatuagens) e, em casosde espécies raras ou ameaçadas de extinção, rádios transmissores. Este procedimentopermitirá seu posterior acompanhamento, quando dos trabalhos de monitoramento previstospelo programa “Conservação da Fauna”, subprograma de monitoramento de mamíferos demédio e grande porte.6.4.3 Tratamento e internaçãoTodo espécime recebido no CVDC deverá passar por exame físico realizado pelos médicosveterinários. Cabe salientar que o exame clínico de animais silvestres requer prática ehabilidade, devido as diferenças entre os grupos animais (FOWLER, 1986); portanto, a equipeserá composta por profissionais especializados.Indivíduos que apresentarem ferimentos decorrentes de traumas como fraturas e lesões decontinuidade ou queimaduras, permanecerão internados até completa alta médica. Ointernamento será dividido em três áreas, de acordo com o grupo faunístico. Anfíbios e répteisficarão juntos em mesmo ambiente, aves e mamíferos terão ambientes separados(McKEOWN, 1996). A separação justifica-se pela biologia de cada grupo, conforto térmico efatores estressantes que devem ser minimizados. Os animais permanecerão em gaiolas ecaixas-de-transporte, próprias para cada grupo, durante a internação (FOSTER, 1986).Os animais serão constantemente observados e avaliados quanto às condições físicas ecomportamentais, com a finalidade de se obter informações sobre a sua capacidade de,eventualmente, retornar a vida livre. Se aptos, receberão alta e serão encaminhados para oseu melhor destino, segundo critérios médicos e biológicos. Salienta-se que a estadia dosindivíduos hígidos no CVDC se fará no mínimo tempo possível, porém aqueles debilitados ouenfermos receberão cuidados médico veterinários até a estabilização do quadro clínico, antesde serem encaminhados a outra instituição.6.4.4 DestinaçãoInúmeros problemas relacionados a soltura de animais são referidos na literaturaespecializada. Richard-Hansen et al (2000) apontam como possíveis causas da fragmentaçãode grupos sociais de primatas translocados o estresse, o forrageamento em ambientedesconhecido, onde o animal não tem referências espaciais e as prováveis misturas nãointencionais de grupos diferentes durante os procedimentos de captura. Infanticídios, menorescuidados maternais e abandono de filhotes são também mencionados pelo autor em estudosde monitoramento pós-resgate de primatas (Alouatta seniculus). As reações dos animaispodem variar bastante de indivíduo para indivíduo e certamente variam nas diferentesespécies (MARINHO-FILHO, 1999). De acordo com o autor, parece que tamanduás-mirins seajustam mais rapidamente nas áreas de soltura do que gatos-pintados, que tendem a sedeslocar por longas distâncias.Para a relocação dos animais aptos a soltura, o responsável pelo CVDC deverá utilizar aRelação das Áreas de Soltura, estabelecendo a destinação final através do cruzamento dosdados de superioridade das áreas com os parâmetros abaixo:• Proximidade do local da captura;• Margem do rio Madeira ou afluente (direita ou esquerda) que foi capturado;• Nível trófico e tamanho corpóreo da espécie• Comportamento social (gregário ou solitário);PBA - AHE Santo Antonio – Programa de Acompanhamento de Atividades de Desmatamento e de Resgateda Fauna na Área de Interferência Direta13/02/2008 12

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