12.01.2017 Views

Revista do TRT 6 Nº 40

Artigos, doutrina e jurisprudência do TRT da 6ª Região - Pernambuco

Artigos, doutrina e jurisprudência do TRT da 6ª Região - Pernambuco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

SENTENÇAS • <strong>Revista</strong> <strong>TRT</strong> 6<br />

danos morais, fixadas no valor de R$150.000,00, atualizada a partir<br />

da data desta sentença, levan<strong>do</strong>-se em conta a gravidade <strong>do</strong> fato e a<br />

capacidade <strong>do</strong> réu de arcar com tal encargo, sem prejuízos no<br />

desenvolvimento de suas atividades econômicas. Aqui, os reflexos<br />

que ainda ocorrem na vida pessoal e profissional <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r,<br />

em função da atitude tomada pela empresa justificam o valor da<br />

indenização arbitrada pelo juízo. Este trabalha<strong>do</strong>r dificilmente irá<br />

encontrar emprego, diante da perda de sua capacidade auditiva,<br />

mormente aquela de natureza grave.Daí decorre também a obrigação<br />

quanto ao pagamento de pensão vitalícia ao obreiro, com esteio no<br />

permissivo conti<strong>do</strong> nos arts. 949 e 950 <strong>do</strong> Código Civil Brasileiro,<br />

fixada no valor de R$1.823,25 a partir da data <strong>do</strong> acidente e<br />

atualizada pelos índices de correção salarial da categoria profissional<br />

<strong>do</strong> obreiro, anualmente fixadas mediante processos de negociação<br />

coletiva de trabalho, até o mesmo falecer, porquanto cabe á empresa<br />

e seus sócios tal responsabilidade econômica.<br />

Do mesmo mo<strong>do</strong>, deverá a ré fornecer plano de saúde,<br />

nas mesmas condições daquele forneci<strong>do</strong> aos demais trabalha<strong>do</strong>res<br />

da empresa, sen<strong>do</strong> fixa<strong>do</strong> o prazo de trinta dias para a sua<br />

implantação, a partir da ciência para o cumprimento da obrigação<br />

de fazer, sob pena de multa diária de duzentos reais, em favor <strong>do</strong><br />

obreiro.<br />

V – Da devolução <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> FGTS deposita<strong>do</strong>,<br />

retira<strong>do</strong> da conta fundiária pela ré.<br />

Alega o autor que a sua conta fundiária encontra-se<br />

zerada, conforme assim demonstra o extrato analítico existente nos<br />

autos, ten<strong>do</strong> imputa<strong>do</strong> à ré tal fato.<br />

A ré nega que tenha pratica<strong>do</strong> o auto alega<strong>do</strong> pelo obreiro,<br />

afirman<strong>do</strong> que depositou corretamente os valores devi<strong>do</strong>s a tal título.<br />

Há de fato um <strong>do</strong>cumento que demonstra que o valor<br />

de R$17.966,10 foi saca<strong>do</strong> (fls. 84), em pleno curso <strong>do</strong> contrato<br />

de trabalho <strong>do</strong> autor. Entretanto, não há prova de que tal ato tenha<br />

si<strong>do</strong> pratica<strong>do</strong> pela empresa, razão pela qual não procede ao pleito<br />

de devolução requeri<strong>do</strong> pelo obreiro, por não se encontrar<br />

demonstrada a responsabilidade da ré pelo sumiço <strong>do</strong> valor, que se<br />

encontrava na guarda da CEF.<br />

316

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!