12.01.2017 Views

Revista do TRT 6 Nº 40

Artigos, doutrina e jurisprudência do TRT da 6ª Região - Pernambuco

Artigos, doutrina e jurisprudência do TRT da 6ª Região - Pernambuco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

SENTENÇAS • <strong>Revista</strong> <strong>TRT</strong> 6<br />

primeiro de janeiro e maio; as horas trabalhadas são devidas em <strong>do</strong>bro,<br />

com o adicional de 200%; deverão ser abati<strong>do</strong>s os valores eventualmente<br />

pagos a estes títulos; não há compensação a ser deferida; e o valor<br />

deverá ser apura<strong>do</strong> com base de cálculo formada por todas as verbas de<br />

natureza salarial pagas em cada mês, salvo horas extras.<br />

XI – Da indenização <strong>do</strong> intervalo previsto no § 4º<br />

<strong>do</strong> art. 71 da CLT.<br />

O autor provou que dispunha de intervalo inferior a uma<br />

hora. Como os intervalos não precisam encontrar-se consigna<strong>do</strong>s nos<br />

registros de ponto, caberia ao mesmo realizar tal prova. Como este<br />

provou suas alegações, mediante depoimento de sua única testemunha,<br />

temos que deverá receber a indenização prevista na norma retro citada,<br />

sobre uma hora por dia trabalha<strong>do</strong> ( OJ nº 307 da SDI-1 <strong>do</strong> C. TST),<br />

apurada da mesma forma que as horas extras.<br />

Vínhamos entenden<strong>do</strong> que tal título não tem natureza<br />

salarial, não proven<strong>do</strong> as repercussões sobre as demais verbas pretendidas<br />

pelo trabalha<strong>do</strong>r.<br />

Tal entendimento lastreava-se nos seguintes argumentos<br />

abaixo fixa<strong>do</strong>s em negrito.<br />

“Observe-se que muito embora tal<br />

indenização seja apurada da mesma forma que<br />

as horas extras, estas não remuneram jornada<br />

trabalhada, motivo pelo qual não podem ser<br />

consideradas como horas extras, mas, sim, como<br />

uma mera cláusula penal em desfavor da empresa,<br />

Observe-se que os intervalos menciona<strong>do</strong>s no art.<br />

71 da CLT não se computam na jornada de<br />

trabalho <strong>do</strong> obreiro. Como o pagamento de horas<br />

extras refere-se unicamente a jornadas de trabalho<br />

laboradas, não há como se considerar jornadas<br />

virtuais para efeito de pagamento de horas extras.<br />

Veja que se o legisla<strong>do</strong>r quisesse tratar tal verba<br />

como extraordinária, a teria coloca<strong>do</strong> no bojo de<br />

um <strong>do</strong>s artigos celetários que tratam de horas<br />

extras e no no artigo que fala sobre o intervalo<br />

dentro da jornada.<br />

Em que pese o termo remuneração conti<strong>do</strong><br />

326

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!