PROGRAMA PDF - Grupo de Pesquisa em Pré-Processamento de ...

GERAÇÃO DE NOVOS MEDICAMENTOS DE ORIGEM VEGETAL
Sharapin, N.
Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense.
Rua Mário Viana 523, Santa Rosa, Niterói, RJ
E-mail: sharapin@vm.uff.br
Apesar do avanço da química de síntese de medicamentos, a investigação
científica de plantas medicinais continua intensa, os objetivos desta investigação
são: evidenciar plantas dotadas de atividade farmacológica; a descoberta de
novas substâncias farmacologicamente ativas, a descoberta de novas moléculas
que poderiam transformar-se em medicamentos mediante processos de semisíntese
e a confirmação cientifica da validade do uso de plantas de medicina
tradicional e popular.
A seleção de espécies vegetais para a investigação pode ser feita ao
acaso, por critérios etnofarmacológicos ou, ainda, por critérios quimiotaxonômicos.
Qualquer que seja o método de abordagem, a investigação de
plantas medicinais envolve, obrigatoriamente, estudos multidisciplinares.
Nos estudos multidisciplinares devem estar envolvidos profissionais responsáveis
pela coleta de informações sobre o uso da planta em medicina tradicional ou
popular (antropólogos, etnobotânicos) e profissionais das áreas de botânica,
química, farmacologia e microbiologia. Os estudos mais avançados envolvem
farmacognostas, químicos, farmacêuticos, farmacologistas, tecnologistas e
médicos.
Souza Brito ("Farmacologia de Plantas Medicinais" in Stasi, L.C., Editor.
Plantas Medicinais: Arte e Ciência" Ed. UNESP, 1995) afirma com razão que a
pesquisa de plantas medicinais "ao contrário do que se costuma apregoar, é uma
pesquisa cara, pois a única coisa disponível, até certo limite, é a matéria-prima".
Entretanto, a investigação científica multidisciplinar é a única maneira de fazer
com que os produtos fitoterápicos venham a ter o seu status equiparado aos
produtos de síntese e sejam prescritos por médicos.