15.04.2013 Views

Oração Contra Leócrates - Universidade de Coimbra

Oração Contra Leócrates - Universidade de Coimbra

Oração Contra Leócrates - Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

155<br />

Ora ç ã O CO n t ra LeóCrates<br />

a palavra proce<strong>de</strong>m da maneira mais absurda: ou vos<br />

aconselham sobre problemas genéricos, ou acusam e<br />

caluniam tudo e todos, em vez <strong>de</strong> falarem da matéria<br />

sobre a qual tereis <strong>de</strong> julgar. Nenhuma <strong>de</strong>stas opções<br />

oferece dificulda<strong>de</strong>s, nem opinar sobre assuntos que<br />

não estão em discussão, nem formular acusações sobre<br />

casos cuja <strong>de</strong>fesa ninguém assumirá.<br />

12. Mas não é justo da parte <strong>de</strong>les pedir-vos uma<br />

sentença justa, quando a acusação que fazem nada tem<br />

a ver com a justiça. É vossa a culpa disto, Atenienses:<br />

dais toda a liberda<strong>de</strong> retórica aos oradores que vos<br />

falam, quando ten<strong>de</strong>s no conselho do Areópago um<br />

belíssimo exemplo para todos os Gregos, um tribunal<br />

tão superior a qualquer outro que até os con<strong>de</strong>nados<br />

reconhecem a justiça das suas sentenças. 13. Fixai os<br />

olhos neste mo<strong>de</strong>lo, evitai dar atenção aos que falam <strong>de</strong><br />

matérias irrelevantes: só assim o processo <strong>de</strong>correrá sem<br />

os acusados serem objecto <strong>de</strong> calúnias nem os acusadores<br />

se portarem como sicofantas, e vós po<strong>de</strong>reis sentenciar<br />

com total respeito pelo vosso juramento. É impossível<br />

que juízes não escrupulosamente esclarecidos profiram<br />

uma sentença escrupulosamente justa 10 .<br />

10 A tradução <strong>de</strong>sta frase correspon<strong>de</strong> ao texto grego da edição J.<br />

Engels: ’Αδύνατον γάρ ε̉στι μὴ δικαίως δεδιδαγμένους δικαίαν<br />

θέσθαι τὴν ψῆφον. O texto dos mss. oferece, entre ε̉στι e μή, a<br />

expressão ἄνευ τοῦ λόγου, a qual é entendida por Burtt como<br />

uma mera glosa; como tal, elimina-a, colocando-a entre parênteses<br />

rectos. Este mesmo editor introduz antes <strong>de</strong> μή a conjectura, <strong>de</strong> sua<br />

autoria, < τούς >. Por sua vez, entre τοῦ e λόγου, tanto Durrbach<br />

como Treves aceitam uma conjectura <strong>de</strong> Nicolai, .<br />

Para que o leitor forme o seu juízo pessoal sobre estas leituras<br />

juntamos as respectivas traduções: “Si l’ on ne vous parle pas dans<br />

cet esprit, il est impossible que la justice vous éclaire et qu’ elle

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!