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Oração Contra Leócrates - Universidade de Coimbra

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J. A. Segurado e Campos<br />

recuar quando isso lhe fosse favorável, como suce<strong>de</strong>u<br />

ao retirar-se <strong>de</strong> Ambrácia, ou <strong>de</strong> atacar quando o jogo<br />

<strong>de</strong> forças pen<strong>de</strong>sse a seu favor (338: invasão da Beócia).<br />

Em suma: “as a result of a multifaceted weakness on<br />

the part of the Greeks – economic, diplomatic, political,<br />

and psychological – Philip II’s ultimate conquest was<br />

inevitable” 123 .<br />

11.7. Po<strong>de</strong>rá talvez argumentar-se, como faz J.<br />

Allen 124 , que certas dificulda<strong>de</strong>s, tais como a precária<br />

confiança que se podia ter em certos aliados 125 , as<br />

dificulda<strong>de</strong>s económicas ou as dissenções internas 126<br />

eram comuns, tanto a Atenienses como a Macedónios,<br />

ou que o orgulho patriótico <strong>de</strong> Atenas, que <strong>de</strong>ra lugar<br />

a um certo <strong>de</strong>salento, era susceptível <strong>de</strong> ser revitalizado<br />

pela palavra <strong>de</strong> oradores enérgicos e talentosos como<br />

Demóstenes, Licurgo ou Hiperi<strong>de</strong>s 127 .<br />

123 J. Allen, 2005, p. 92 a.<br />

124 J. Allen, 2005, pp. 92 b – 94 a.<br />

125 Apenas um exemplo: em 342, quando Filipe avançou sobre<br />

Ambrácia, Atenas conseguiu mobilizar uma aliança com Esparta<br />

e outras cida<strong>de</strong>s do Peloponeso, o que levou Filipe a recuar; em<br />

338, aquando do ataque macedónio à Beócia e à Ática, as cida<strong>de</strong>s<br />

do Peloponeso <strong>de</strong>clararam-se neutrais, o que tornou inevitável a<br />

<strong>de</strong>rrota <strong>de</strong> Atenas e Tebas em Queroneia.<br />

126 Pelo que toca aos Macedónios, as “dissenções internas”<br />

eram causadas, menos por divergências <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m política (como<br />

a rivalida<strong>de</strong> Ésquines - Demóstenes), e mais por querelas pessoais<br />

e/ou dinásticas: o próprio Filipe II, menos <strong>de</strong> dois anos após o<br />

triunfo em Queroneia, foi assassinado durante o banquete em que<br />

celebrava o casamento da filha.<br />

127 Outros argumentos ainda são aduzidos por J. Allen no seu<br />

artigo <strong>de</strong> 2005: alguns êxitos militares (aliás menores) no terreno,<br />

ou no mar; a circunstância <strong>de</strong> as ilhas (Quios, Ro<strong>de</strong>s e Cós) que<br />

haviam abandonado a liga ateniense, procurarem a aliança com<br />

Atenas, temendo um possível avanço <strong>de</strong> Filipe contra a Ásia (como<br />

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