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Oração Contra Leócrates - Universidade de Coimbra

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187<br />

Ora ç ã O CO n t ra LeóCrates<br />

Xerxes, não criando na altura uma fórmula nova, mas<br />

usando os termos do juramento tradicional entre vós 84 .<br />

Vale a pena escutá-lo: é certo que a gesta <strong>de</strong>sses homens<br />

é já história antiga, mas o registo que ficou nos textos<br />

permite-nos avaliar até on<strong>de</strong> ia o seu valor. Lê também<br />

esse texto.<br />

Texto do juramento<br />

81. “Não darei mais valor à vida do que à liberda<strong>de</strong>,<br />

não abandonarei os meus chefes, vivos ou mortos, mas<br />

darei sepultura a todos os aliados mortos em combate. No<br />

caso <strong>de</strong> sair vencedor da guerra contra os bárbaros, não<br />

<strong>de</strong>struirei nenhuma das cida<strong>de</strong>s que colaboraram na <strong>de</strong>fesa<br />

da Grécia, mas exigirei o pagamento <strong>de</strong> uma dízima<br />

àquelas que tiverem tomado o partido dos bárbaros. Dos<br />

templos incendiados ou arrasados pelos bárbaros nenhum<br />

será por mim reconstruído, mas sim <strong>de</strong>ixado aos vindouros<br />

como documento da impieda<strong>de</strong> dos bárbaros 85 .”<br />

82. Tão firmemente todos cumpriram estas<br />

palavras, Cidadãos, que pu<strong>de</strong>ram contar com a protecção<br />

e a benevolência divina; e embora todos os Gregos se<br />

tenham mostrado então à altura da situação, foi a vossa<br />

cida<strong>de</strong> que ganhou maior renome. A coisa mais terrível<br />

<strong>de</strong> todas seria que, enquanto os vossos antepassados<br />

preferiram morrer do que <strong>de</strong>sonrar a cida<strong>de</strong>, vós não<br />

aplicásseis a <strong>de</strong>vida pena a quem a cobriu <strong>de</strong> opróbrio,<br />

84 Sobre a historicida<strong>de</strong> do “juramento <strong>de</strong> Plateias” cf. o<br />

comentário <strong>de</strong> Petrie, pp. 152-3, e o <strong>de</strong> Engels, pp. 155-6.<br />

85 Sobre esta curiosa disposição <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar em ruínas os templos<br />

<strong>de</strong>struídos pelos Bárbaros como prova da sua “barbarida<strong>de</strong>” v.<br />

Rho<strong>de</strong>s-Osborne 2003, pp. 446-7.

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