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Oração Contra Leócrates - Universidade de Coimbra

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J. A. Segurado e Campos<br />

fugiu por mar <strong>de</strong> Atenas com <strong>de</strong>stino a Ro<strong>de</strong>s, em<br />

circunstâncias que <strong>de</strong>notam a consciência <strong>de</strong> estar a<br />

cometer um acto indigno: ao cair da noite, saindo da<br />

cida<strong>de</strong> por uma pequena porta esconsa, dirigindose<br />

num batel a um navio ancorado já fora do porto,<br />

para evitar ser visto a embarcar às claras todos os seus<br />

haveres 142 .<br />

12.3. Aportando em Ro<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> quatro<br />

dias <strong>de</strong> viagem 143 , <strong>Leócrates</strong> tratou <strong>de</strong> informar os<br />

seus anfitriões dos acontecimentos recentes: a cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Atenas fora cercada pelos Macedónios, o porto do<br />

Pireu estava cercado, ele era o único ateniense que<br />

conseguira escapar à terrível situação que se vivia 144 . Os<br />

Ródios acreditaram nas informações assim prestadas<br />

por uma testemunha ocular que, naturalmente, se<br />

pressupunha ser fi<strong>de</strong>digna e tomaram algumas medidas<br />

em consequência: armaram três trirremes, e retiveram<br />

no porto alguns navios mercantes, incluindo os que já<br />

estavam prestes a sair com <strong>de</strong>stino a Atenas, pelo que os<br />

respectivos armadores acharam preferível <strong>de</strong>scarregar <strong>de</strong><br />

novo em Ro<strong>de</strong>s os cereais transportados 145 . Não é difícil<br />

<strong>Leócrates</strong>, apenas dos empregados nos serviços domésticos, já que<br />

sabemos pelo discurso <strong>de</strong> Licurgo que aquele tinha mandado o seu<br />

cunhado ven<strong>de</strong>r outro grupo <strong>de</strong> escravos que haviam permanecido<br />

em Atenas após a viagem do dono. Estes outros são presumivelmente<br />

aqueles que trabalhavam na oficina metalúrgica acima referida.<br />

Po<strong>de</strong>mos também supor que, com a venda <strong>de</strong>sses escravos, tivesse<br />

sido vendida conjuntamente a oficina em que trabalhavam.<br />

142 C. Leocr., 17.<br />

143 C. Leocr., 70.<br />

144 A verda<strong>de</strong> é que todos estes factos não passam <strong>de</strong> criações<br />

forjadas pela imaginação imaginativa e medrosa <strong>de</strong> <strong>Leócrates</strong>.<br />

145 C .Leocr., 18.<br />

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