15.04.2013 Views

Oração Contra Leócrates - Universidade de Coimbra

Oração Contra Leócrates - Universidade de Coimbra

Oração Contra Leócrates - Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

221<br />

Ora ç ã O CO n t ra LeóCrates<br />

punir <strong>Leócrates</strong>, em vosso nome e também em nome<br />

dos <strong>de</strong>uses. Os crimes, enquanto não são julgados, são<br />

da responsabilida<strong>de</strong> dos seus autores, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> lida a<br />

sentença passam para a <strong>de</strong> quem não fez justiça. Bem<br />

sabeis, Cidadãos, que presentemente, como o voto é<br />

secreto, apenas os <strong>de</strong>uses conhecem a posição <strong>de</strong> cada<br />

um <strong>de</strong> vós 143 .<br />

147. Por mim, Cidadãos, entendo que sobre<br />

todos estes crimes tão nefastos e lamentáveis o voto<br />

não po<strong>de</strong> ser senão um, pois <strong>de</strong> todos os artigos da<br />

acusação <strong>Leócrates</strong> é convencido culpado: <strong>de</strong> traição,<br />

uma vez que <strong>de</strong>ixou a cida<strong>de</strong> entregue às mãos dos<br />

inimigos, <strong>de</strong> tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrubar a <strong>de</strong>mocracia,<br />

uma vez que não afrontou o perigo <strong>de</strong> per<strong>de</strong>rmos a<br />

liberda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sacrilégio, uma vez que pela sua parte<br />

foi culpado <strong>de</strong> os recintos sagrados serem saqueados<br />

e os templos <strong>de</strong>struídos, <strong>de</strong> ultraje aos antepassados,<br />

uma vez que não impediu a <strong>de</strong>struição dos túmulos<br />

e a interrupção dos rituais, <strong>de</strong> <strong>de</strong>serção e recusa a<br />

servir no exército, uma vez que não se apresentou<br />

aos estrategos para ser alistado. 148. Depois <strong>de</strong>ste<br />

meu requisitório haverá quem o absolva e lhe dê por<br />

perdoados estes crimes <strong>de</strong>liberadamente cometidos?<br />

Haverá alguém tão insensato que aceite, ao absolver este<br />

homem, confiar a sua <strong>de</strong>fesa a quem não tem rebuços<br />

em abandonar a cida<strong>de</strong>, que sinta pieda<strong>de</strong> por ele e<br />

prefira ser impiedosamente trucidado pelos inimigos,<br />

que para favorecer um traidor à pátria se exponha a si<br />

ao castigo divino?<br />

143 Cf. A. Lanni,1977, p. 188 b, n. 69.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!