15.04.2013 Views

Relatório Anual 2004 - Telefonica

Relatório Anual 2004 - Telefonica

Relatório Anual 2004 - Telefonica

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

130 | Telefónica, S.A. | <strong>Relatório</strong> anual <strong>2004</strong><br />

que no futuro possam ser mantidas posições abertas<br />

em divisa (sob uma estrita supervisão do risco).<br />

As dificuldades para minimizar o risco surgiram<br />

pela prática impossibilidade de cobrir através de<br />

derivados, a dívida externa em dólares das filiais<br />

argentinas, que atingiam o equivalente a 652 milhões<br />

de euros em 31 de dezembro de <strong>2004</strong>. A perda<br />

sofrida em <strong>2004</strong> pela exposição ao peso<br />

argentino limitou-se a 11 milhões de euros. No<br />

futuro, a adoção dos princípios contábeis internacionais<br />

conduzirá para que os empréstimos internos<br />

ao Grupo deixem de ser eliminados no<br />

processo de consolidação, para efeitos de calculo<br />

dos resultados cambiais. A combinação da dívida<br />

externa em divisas, mais o uso de derivados permitirá<br />

compensar, pelo menos em parte, os efeitos<br />

cambiais dos empréstimos dentro do grupo<br />

sobre a conta de resultados.<br />

Risco de Taxa de Juros<br />

Os custos financeiros da Telefónica estão expostos<br />

às oscilações das taxas de juros, basicamente<br />

o Euribor, a taxa SELIC brasileira, a UF chilena e o<br />

Libor do dólar. Em 31 de dezembro de 2003, 59,2%<br />

da dívida total (ou 83,3% da dívida em longo prazo),<br />

tinha sua taxa fixada por um período superior<br />

a um ano, proporção idêntica em 31 de dezembro<br />

de 2003 (que representava 68,9% da dívida em<br />

longo prazo).<br />

Os custos financeiros de <strong>2004</strong> atingiam a 1.183,8<br />

bilhões de euros, 12% superior aos de 2003. Contudo,<br />

se são excluídos os resultados devidos a movimentos<br />

do peso argentino e um resultado<br />

positivo extraordinário em 2003 pela dívida denominada<br />

em dólares, as cifras seriam de 1.173,2<br />

em <strong>2004</strong> e 1.462,6 em 2003, o que se observaria<br />

uma redução de 19,8% nos custos financeiros ajustados<br />

de <strong>2004</strong> com respeito a 2003. A cifra de gastos<br />

financeiros de <strong>2004</strong> considera um custo médio<br />

de 6,1% sobre a dívida líquida média do ano. A<br />

forte redução da taxa SELIC brasileira (com um nível<br />

médio de 16,25% em <strong>2004</strong> frente a 23,53% em<br />

2003), as baixas taxas do euro e a redução da dívida<br />

líquida média (em cerca de 7%) explicam a redução<br />

dos custos financeiros.<br />

No decorrer de <strong>2004</strong>, reduziu-se a proporção da<br />

dívida em euros à taxa variável, aproveitando os<br />

baixos níveis de taxas de juros e fixaram-se as<br />

taxas de cerca de 4 bilhões de euros de dívida com<br />

vencimento posterior a <strong>2004</strong>. A dívida em dólares<br />

assumida pelo grupo (e não transformada em outras<br />

divisas por meio de derivados de taxa de câmbio)<br />

manteve-se a taxa fixa em sua quase<br />

totalidade. A nova dívida em dólares assumida para<br />

o financiamento de aquisições na América Latina<br />

foi coberta por meio de opções de taxa de juros<br />

ou swaps, antes de um aumento da taxa de juros<br />

do dólar que já vem ocorrendo. Além disso, o Libor<br />

do dólar influi na formação dos preços das coberturas<br />

de compra de dólares a prazo contra venda<br />

de divisas latino-americanas,o que é especialmente<br />

relevante no caso de operações sobre pesos chilenos<br />

e sóis peruanos.<br />

Por outro lado, foram vendidas opções sobre um<br />

valor de 400 milhões de euros de swaps, que sendo<br />

praticadas, em contrapartida consideraria em<br />

alguns casos uma fixação de taxas de juros pagando<br />

níveis inferiores aos vigentes no momento<br />

da venda da opção, enquanto que em outros<br />

casos implicariam receber taxas superiores às vigentes<br />

no momento da venda da opção (em vez<br />

de pagar uma taxa variável). Delas foram geradas<br />

200 milhões de euros, a uma taxa de 3,80%.<br />

Risco de preço de ações<br />

Um dos riscos de renda variável aos que a Telefónica<br />

está exposta é o motivo do preço de sua própria<br />

ação, como conseqüência do programa de<br />

recompra de ações comunicado em Outubro de<br />

2003, por um valor estimado em 4.000 bilhões de<br />

euros até 2006 (inclusive), condicionado à geração<br />

de fluxos de caixa e à evolução do preço da ação.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2004</strong>, a Telefónica S.A. possuía<br />

algo mais de 207 milhões de ações próprias.<br />

Sob os princípios da contabilidade internacional,<br />

aplicáveis em 2005, estas ações reduzirão os fundos<br />

próprios e não serão reconhecidos efeitos na<br />

conta de resultados consolidados.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!