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Relatório Anual 2004 - Telefonica

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Por outro lado,a Telefónica possuía opções de compra<br />

sobre 8 milhões de ações próprias, com vencimento<br />

no primeiro trimestre de 2005. Desta<br />

forma, tem-se uma certa proteção frente ao fato<br />

de que se a cotação sobe, as compras se encarecem,<br />

e podem ser adquiridas menos ações com a<br />

importância pré-estabelecida. A perda econômica<br />

máxima que se pode experimentar com a estratégia<br />

seguida é a primeira paga pela opção, se<br />

no vencimento o preço da ação ficar abaixo do preço<br />

de exercício; não obstante, em tal caso a Telefónica<br />

poderia comprar suas ações no mercado a<br />

um preço menor.<br />

A Telefónica também está exposta às oscilações<br />

dos preços das ações de empresas participantes<br />

especialmente na medida em que estas não integrem<br />

o núcleo de seu negócio e possam ser objeto<br />

de desinvestimentos. Em <strong>2004</strong> o<br />

desinvestimento mais significativo foi a venda<br />

da participação de 4,88% na Pearson Plc, por um<br />

valor aproximado de 350 M Eur e que gerou uma<br />

desvalorização de 33 milhões de euros nas contas<br />

consolidadas (embora depois de impostos, obteve-se<br />

um lucro de 56,5 milhões de euros, já que<br />

antes da venda não eram dedutíveis as provisões<br />

por depreciação do fundo de comércio).<br />

Risco de Liquidez<br />

A Telefónica pretende que o perfil de vencimentos<br />

de sua dívida seja adequado a sua capacidade de<br />

gerar fluxos de caixa para pagá-la, mantendo certa<br />

folga. Na prática, isto se traduziu no acompanhamento<br />

de dois critérios:<br />

1. O vencimento médio da dívida do Grupo será superior<br />

ao tempo necessário para pagar a dívida<br />

(supondo que sejam cumpridas as projeções internas,<br />

todos os fluxos gerados sejam dedicados<br />

ao pagamento da dívida e não a dividendos nem<br />

aquisições).<br />

2. O grupo deve pagar todos os seus compromissos<br />

nos próximos 12 meses, sem necessidade de<br />

apelar para novos créditos ou aos mercados de<br />

capitais (embora contando com as linhas<br />

comprometidas em definitivo por entidades<br />

financeiras), supondo-se o cumprimento orçamentário.<br />

Em 31 de Dezembro, o vencimento médio da dívida<br />

financeira líquida – 20.982 milhões de euros - era<br />

de 4,9 anos. Conforme se tornou público na Conferência<br />

de Investidores de Outubro de 2003,o Grupo<br />

Telefónica espera gerar mais de 27 milhões de<br />

euros no período 2003-2006,supondo que as taxas<br />

de câmbio se mantivessem nos níveis de 2002. Em<br />

que pese a debilidade do dólar e seu impacto nas<br />

taxas de câmbio das divisas latino-americanas com<br />

respeito ao euro, a folga de fluxos de caixa existente<br />

permite afirmar que em 31 de dezembro de<br />

<strong>2004</strong> estava sendo cumprido o primeiro critério.<br />

Por outro lado,verifica-se que os vencimentos brutos<br />

da dívida em 2005 (9.413,4 milhões de euros),<br />

são inferiores às disponibilidades de fundos, calculados<br />

como a soma das(i) disponibilidades em<br />

31 de dezembro por 3.579,1 milhões de euros (Investimentos<br />

financeiros temporários por 2.724,1<br />

milhões de euros e Tesouraria por 855,0 milhões de<br />

euros) (ii) a geração anual de caixa (que atingiu<br />

6.742,6 milhões de euros em <strong>2004</strong>), (iii) os desinvestimentos<br />

acordados em <strong>2004</strong> materializados<br />

no primeiro trimestre de 2005 (venda da Infonet<br />

por 139 milhões de dólares) e (iv) as linhas de crédito<br />

comprometidas por entidades bancárias com<br />

vencimento inicial superior a um ano ou prorrogável<br />

por opção da Telefónica (7.213 milhões de<br />

euros em 31 de dezembro, dos quais 3.831 milhões<br />

venciam no ano de 2006 ou seguintes, enquanto<br />

que outros, por mais de 1,1 bilhões de euros, foram<br />

renovados para depois do final de 2005 nos primeiros<br />

meses do ano). A folga existente permite<br />

acomodar o pagamento de dividendos de 50 centavos<br />

por ação (em torno de 2,4 bilhões de euros),<br />

e a aquisição realizada em janeiro de 2005 das companhias<br />

celulares da Bell South no Chile e Argentina<br />

(com a qual se encerraria a totalidade da<br />

operação de aquisição).<br />

Apesar das medidas postas em prática para garantir<br />

sua liquidez, a Telefónica considera de alta<br />

importância para o desenvolvimento de seus pla-<br />

<strong>Relatório</strong> anual <strong>2004</strong>| Telefónica, S.A. | 131

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