Relatório Anual 2004 - Telefonica

tecnologia, destacamos o lançamento no final de 2004 do
serviço Imagenio, que permito ao usuário receber de forma
simultânea televisão de alta definição, vídeo e música em
baixa demanda, acessar a Internet em alta velocidade, falar
pelo telefone e dispor de um serviço de mensagem por fax e
vídeo conferência.
Finalmente, nos negócios da Datos Y Soluciones destacamos
as migrações de tecnologias tradicionais a IP-ADSL, a
decolagem dos serviços de Outsourcing de sistemas e do
crescimento dos serviços de gestão e da Soluciones.
Telefónica Latino-Americana (Latam)
A gestão do grupo Telefónica Latam foi marcada pela
desvalorização de 10,1% do dólar com relação ao euro, o que
provocou a desvalorização de todas as moedas latinoamericanas
frente a moeda européia.
As receitas operacionais totalizaram 6.883,4 milhões de euros
em dezembro de 2004, o que significa um crescimento de
2,1% em relação ao exercício anterior. Sem considerar os
impactos cambiais, o crescimento do ano seria de 7,5%, devido
principalmente a Telesp e TASA, enquanto a operadora de
telefonia fixa no Chile encerrou o exercício com uma queda
nas receitas decorrente da forte concorrência com a telefonia
móvel, e, a Telefónica do Peru reduziu suas receitas pela
redução das tarifas.
O EBITDA ficou em 3.141,0 milhões de euros que significa um
crescimento de 1,3% comparando-se com o ano de 2003 e de
6,8% se eliminarmos o impacto da variação cambial. O lucro
líquido encerrou-se em 806,6 milhões de euros contra 558,5
milhões em 2003, mostrando um aumento de 44,4%.
Os investimentos fecharam o ano em 769,2 milhões de euros,
onde podemos destacar o aumento no investimento na
banda larga.
No final de 2004, a Telefónica Latam administrava um total de
21,4 milhões de linhas de telefonia fixa, com um crescimento
de 2,5% com relação ao ano anterior, devido, principalmente,
ao acréscimo de linhas administradas na TASA e na Telefónica
do Peru. O crescimento na filial da Argentina foi
historicamente a maior, devido ao saneamento da planta (em
espanhol: el saniamiento de planta) realizado no final de 2003
e pelo comportamento positivo da demanda em 2004. Na
Telefónica do Peru, a planta mostrou uma variação de 9,5%
devido ao impacto positivo dos novos planos tarifários.
Concernente ao mercado de banda larga, a companhia
manteve sua intensa política de expansão do negócio através
da tecnologia da ADSL, superando 1,4 milhões de usuários, o
que significa 84,7% a mais do que o ano anterior.
Durante o exercício de 2004, a Telefónica Latam continuou
adaptando suas operadoras ao novo ambiente competitivo,
mediante a terceirização das atividades. Neste sentido, a
companhia encerrou o ano com 25.905 empregados, onde
destacamos a redução de 4,7% na Telefónica do Peru, após o
plano de desvinculação cumprido ao longo do ano.
Os aspectos mais relevantes de cada operadora são descritos
abaixo:
Relatório anual 2004 | Telefónica, S.A. | 301
Telesp continuou em 2004 o plano de expansão da ADSL,
alcançando 826.400 usuários no final do período, com um
crescimento de 70,6%. A planta tradicional ficou em 12,5
milhões de linhas, 1,3% maior do que o ano de 2003, graças
ao lançamento de novos produtos destinados ao segmento
de menor consumo. O mercado de banda larga continuou
crescente, obtendo 88,5% em Longa Distância Nacional
Interestadual, 58,4% em Interestado e 51% em Longa
Distância Internacional.
A Telesp também manteve como foco de gestão o aumento
da produtividade, alcançando uma proporção de 1.865 linhas
por empregado, o que significa um aumento de 4,1% com
relação ao ano anterior. Após a reestruturação do quadro de
funcionários no ano anterior, o número de empregados
manteve-se estável em 2004.
A operadora registrou um crescimento das receitas
operacionais de 14,9%, devido ao crescimento da carteira de
clientes da ADSL, ao aumento das tarifas e do bom
desempenho dos novos negócios (SMP, Longa Distância fora
de São Paulo, tráfego fixo-móvel), enquanto que os gastos
também cresceram pela intensificação das atividades
comerciais e da elevação dos preços dos contratos, em
grande parte indexados pela inflação. O bom
comportamento das receitas influenciou o EBITDA que
cresceu 7,4% em comparação ao ano de 2003.
A TASA, após a forte crise que afetou a Argentina no ano de
2002, está evoluindo para a sua recuperação, iniciada em
2003. Tal recuperação deve-se ao bom comportamento da
demanda de linhas, a um menor número de baixas depois da
depuração da planta realizada em 2003, foi permitido
incrementar a planta serviço de 3,8% até alcançar 4,3
milhões de linhas. O tráfego total também registrou um
aumento significativo de 9,9%, impulsionado principalmente
pelo tráfego do Pré-Pago. Mesmo assim, a TASA continuou
com a expansão da planta ADSL, que cresceu
exponencialmente durante o exercício, alcançando quase
190.000 linhas e consolidou sua liderança no mercado.
A evolução positiva dos principais parâmetros operacionais
permitiu um acréscimo no volume de receita de 10,6% com
relação ao ano anterior, apesar do congelamento das tarifas
desde janeiro de 2002. Adicionalmente, a operadora mantém
a política de racionalização e controle de custos adotada no
começo da crise de 2002, obtendo com isso um crescimento
no EBITDA de 11,2%. Destacou também a efetiva gestão de
morosidade fundamentalmente com o lançamento dos
produtos pré-pagos e controle de consumo. Finalmente
destacamos o incremento da produtividade da TASA, cuja a
proporção de linhas por empregado aumentou em 5,5% no
ano, com 558 linhas.
Os resultados da CTC, cujas receitas caíram 6,2%, foram
negativamente afetados pelo notável crescimento do
mercado móvel, que produziu uma forte canabalizacion
sobre o negócio de telefonia fixa e pela redução de tarifas
fixo-móvel. O tráfego reduziu consideravelmente, ao
contrário da planta de serviço que subiu 0,4% até as 2,4
milhões de linhas, afetadas positivamente pelos planos de
minutos depois da aprovação da flexibilidade tarifária. No
âmbito do pré-pago, foram lançados novos produtos e
serviços que se adeqüaram melhor as necessidades e perfis