Relatório Anual 2004 - Telefonica
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132 | Telefónica, S.A. | <strong>Relatório</strong> anual <strong>2004</strong><br />
nos de negócio e de sua estratégia, e para a administração<br />
de seus passivos,a possibilidade de acessar<br />
com facilidade os mercados de capitais, de<br />
maneira que as restrições legais ou fiscais sobre tal<br />
acesso possam lhe afetar negativamente.Também,<br />
para manter um acesso ao crédito rápido e em bons<br />
termos de preço e condições, a Telefónica vigia o<br />
equilíbrio entre o risco de seus negócios e sua estrutura<br />
financeira, assim como as principais médias<br />
de crédito.A tabela anexa mostra essas médias<br />
e as variáveis que intervém em seu cálculo.<br />
Magnitudes operativas <strong>2004</strong><br />
I EBITDA 13.215,4<br />
II Fluxo de Caixa Livre 7.180,0<br />
III Capex 3.771,9<br />
IV Dividendos da Telefónica S.A 1.924,2<br />
V=II+III-IV Fluxo de Caixa Retido<br />
(antes da Capex) 9.027,7<br />
Passivos em dez 2003<br />
A Dívida Financeira 20.982,2<br />
B Garantias 608,7<br />
C Compromissos líquidos<br />
por redução de planta 3.022,8<br />
D=A+B+C Dívida total + Compromissos 24.613,7<br />
E Ações Preferenciais 2.000,0<br />
Médias financeiras<br />
Deuda Financiera / EBITDA 1,59<br />
Dívida Total + Compromissos / EBITDA<br />
Fluxo de Caixa Retido (antes da Capex)<br />
1,86<br />
Dívida total + Compromissos+Ações.Pref. 34%<br />
1. As agências de qualificação creditícia ajustam também<br />
as médias por leasings operacionais e outros compromissos.<br />
Risco país<br />
A percepção do risco real da maior parte dos países<br />
latino-americanos finalizou o ano de <strong>2004</strong> nos<br />
melhores níveis dos últimos 5 anos (com exceção<br />
da Argentina). Assim a margem de rentabilidade<br />
exigida pelos investidores para a dívida total<br />
dos países latino-americanos sobre a estadunidense,<br />
atingiu níveis mínimos em 31 de dezembro<br />
de <strong>2004</strong>:3,83 pontos percentuais para o Brasil, 1,67<br />
p.p. para o México, 2,20 p.p. para o Peru, 4,12 p.p.<br />
para a Venezuela, 6,90 p.p. para o Equador e 3,32<br />
p.p. para a Colômbia. Como referência, cabe assinalar<br />
que no período de 1999-<strong>2004</strong>, a dívida de todos<br />
estes países cotou, pelo menos em algum<br />
momento, com mais de 9 p.p. de rentabilidade adicional<br />
sobre os bônus do tesouro estadunidense<br />
. A Argentina seguia no final de <strong>2004</strong> em situação<br />
de inadimplência em cerca de 82 bilhões de<br />
dólares (105 bilhões se somarmos os juros devidos<br />
não pagos), oferecendo uma troca de bônus em<br />
2005 para sair desta situação.<br />
A principal causa da melhoria no risco real encontra-se<br />
na continuação ao longo de <strong>2004</strong> da estabilidade<br />
macro-econômica que vinha sendo<br />
produzida desde o ano anterior na América Latina,<br />
graças à melhoria substancial nas balanças de<br />
pagamentos e ao crescimento histórico de 5,5%, o<br />
mais elevado nos últimos 24 anos. O superávit<br />
de conta corrente histórico conseguido na região<br />
seria a explicação suficiente do porquê da melhoria<br />
nos rating creditícios, após um período contínuo<br />
de 3 anos de melhora nas cifras comerciais,<br />
mas é o uso desse superávit o mais destacado nesta<br />
frente. Assim,a região repagou antecipadamente<br />
a dívida pelo valor de 18 bilhões de dólares, permitindo<br />
reduzir seu endividamento externo em<br />
quase 1 ponto percentual do PIB, o que unido ao<br />
acumulado de quase 10 bilhões de dólares em reservas,<br />
considera a melhora substancial nos indicadores<br />
de risco país comentada anteriormente.<br />
2. Conforme mede o índice EMBI elaborado pela JP Morgan.